Pretoria, 1 jun (Prensa Latina) Organizações sindicais, comunitárias e partidos políticos acolheram hoje com consentimento uma retificação do Departamento do Trabalho de África do Sul a respeito de uma polêmica Regulação de Igualdade no Emprego (RIE). A REI em realidade é a emenda a uma lei de 1998 que encoraja a empregadores e patrões a conformar os modelos trabalhistas tendo em consideração a demografia nacional à hora de ratificar as nomeações.
Mas vários agrupamentos sociais recordaram que tal normativa poderia acarretar problemas em determinadas comunidades, por exemplo em territórios da zona sul da província Western Cape onde os chamados “coloured” (mestiços, mulatos) são majoritários, e não os negros sul-africanos (maioria nacional).
Na semana precedente o Departamento do Trabalho decidiu refazer vários itens controversos da legislação, depois de uma série de reuniões de análise junta com experientes do Foro de Desenvolvimento Econômico Nacional e o Conselho Interprovincial do Trabalho.
Porta-vozes do grêmio de advogados Centro de Solidariedade para a Exposição Prática Jurídica e da Câmera de Comércio também celebraram o reajuste ministerial e disseram que é um passo na direção correta.
Não obstante, um estudo da Comissão Nacional para a Igualdade no Emprego (CNIE) recordou que os sul-africanos de raça branca ocupam hoje o 62,7 % dos cargos executivos gerenciais nas principais posições trabalhistas do país.
A tendência contrasta com o fato de que os cidadãos de origem caucásicos representam só uns 10,8 % da população economicamente ativa na nação austral.
O noticiário da CNIE indica igualmente que as mulheres brancas estão excessivamente representadas nas estruturas de empregos em comparação com outros grupos sociais assinalados como a mais alta demanda trabalhista.
A Comissão critica as desigualdades ainda existentes neste campo e lamenta que o mencionado setor racial continue desfrutando de preferência em frente a outras etnias em termos de desenvolvimento da contratação, promoção e habilidades.
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