Após ser sequestrado pelo estado colombiano e permanecer 82 dias no cárcere, o coordenador internacional do movimento social e político Marcha Patriótica, Francisco “Pacho” Toloza, recupera sua liberdade.
Depois de terem feito falsas acusações mediante uma montagem jurídica que, supostamente, o vinculava às FARC-EP. A defesa do professor Toloza solicitou a liberdade imediata ante o prolongamento injustificado de sua prisão, solicitando a expiração dos termos, o que foi concedido pelo juiz, ainda que o processo continue em liberdade condicional. A detenção e encarceramento do professor Toloza, um incansável lutador ela liberdade, a democracia e a paz, evidencia o mais cruel ataque à oposição política, ao pensamento diferente, às ideias progressistas e de mudança que nascem no seio do movimento social colombiano. Os mecanismos de repressão orquestrados pelos organismos de segurança e pela justiça colombiana dos quais Toloza é vítima, perdem toda força e rigor ante uma sociedade que, desde sua captura em 4 de janeiro do presente ano, não parou de apoiá-lo e de reivindicar sua inocência e liberdade.
Desde a Campanha “Yo te nombro Libertad”, se unificam as vozes de incentivo que, com a inspiração de construção de um país diferente, advogaram e velaram pela liberdade de Pacho Toloza. Assim, entendemos que a defesa dos prisioneiros políticos não para e que as acusações e a criminalização como máquina de repressão infelizmente persistirão contra nós. A liberdade de Pacho evidencia que a ação conjunta é contundente na hora de alcançar objetivos e que grandes líderes, pensadores críticos e construtores da nova sociedade, a partir da organização, da academia e do movimento social, devem estar aqui, lutando pela construção de um país para a segunda e definitiva independência.
Recebemos com grande alegria nosso companheiro e fiel lutador pela paz, Francisco Toloza, que continuará junto conosco, fortalecendo a luta por um novo país. Contudo, ainda ficam nas masmorras deste regime mais de 9500 prisioneiros políticos, entre eles Huber Ballesteros, Carlos Lugo, Omar Marín, William Madroñero, Jorge Gaitán e todos os incansáveis lutadores pela paz e pela democracia que, sendo vítimas da perseguição e das acusações, nos incentivam a continuar lutando por sua liberdade, pela de todo o povo colombiano e pela construção de uma Assembleia Nacional Constituinte.
Liberdade para as e os prisioneiros na Colômbia!
A luta social Não é um crime. É um passo para a liberdade.
Bem-vindo, companheiro Toloza.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Fonte: Diário Liberdade.