Por Luciana Pombo.*
Na semana passada, o jornalista José Carlos Sucupira esteve em Brasília para depor no Ministério Público (MP) federal sobre o Caso Riocentro, afinal ele ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo em 1988 quando fez uma matéria para o JB.
Sucupira ajudou com muitos documentos a elucidar ainda mais o caso. No entanto, a grande preocupação é com a segurança dele no Paraná. Exatamente por isto, uma comissão de 12 deputados federais e dois Senadores foram até a Polícia Federal (PF) para pedir proteção ao companheiro. As notícias são de que até hoje, ele ainda é ameaçado por fazer o que fazemos todos os dias – mexer com os poderosos, falar a verdade.
Em pleno ano de 2014, a Direita reacionária sabe que por trás do Riocentro existem coisas ainda mais perturbadoras e que ainda estão sendo mantidas em sigilo.
A PF não garantiu nenhum tipo de proteção, a não ser que haja mais algum tipo de ameaça ou perigo. Mas não é tom de perigo as ameaças anteriormente feitas?
Conheça algumas informações sobre o caso:
O MP no Rio de Janeiro denunciou seis pessoas por crimes de homicídio doloso, associação criminosa armada e transporte de explosivo no atentado a bomba no Riocentro, em 1981, durante a realização de um show para comemorar o Dia do Trabalho. Outros nove suspeitos de envolvimento foram identificados, porém não foram indiciados por já terem morrido. “Se fosse uma tentativa de homicídio comum, por exemplo, já teria prescrito. Mas nesse caso, não há prescrição por se tratar de um ataque sistemático do Estado contra a população. É imprescritível”, explicou o procurador Antônio Cabral.
O órgão federal requereu à Justiça pena de 36 anos e seis meses de prisão para o general reformado Newton Araújo de Oliveira e Cruz, que confessou, em depoimento ao MP, que teve conhecimento do atentado antes da execução, e 36 anos de prisão para o também general reformado Nilton Cerqueira. A mesma punição foi solicitada em relação ao ex-delegado Cláudio Antônio Guerra e ao coronel reformado Wilson Luiz Chaves Machado. Para o major Divany Carvalho Ramos e o general Edson Sá Rocha, foram pedidas penas de um ano de prisão e dois anos e seis meses de prisão, respectivamente.