O projeto de incomunicação social da tirania Milei. Por Raul Fitipaldi

O libertário, como se faz chamar Milei junto a sua trupe imoral e apátrida, busca entregar aos monopólios da comunicação, Clarin, La Nación e seus repetidores, a totalidade da pauta política da Argentina

 

Foto: AP

Por Raul Fitipaldi, para Desacato.info

O crescimento da direita no mundo veio representado por personagens impensáveis, de escasso nível intelectual e de perfil ordinário ou violento, ou mesmo, ambas as coisas. O performático Javier Milei é uma dessas novas criações do Poder Real. Histriônico, boçal e mágico. Capaz de cortar pela metade um país historicamente culto e politizado.

Milei é obra da comunicação de massas, uma peça de laboratório, como Bukele, Bolsonaro, os membros de Vox no reino da Espanha, e outros tantos espantalhos que circulam pela internet. Enquanto tiver bateria vai funcionar, quando se esgotar seu papel ou colocar em risco o poder real, vai pra lata do lixo. Não sem antes destruir a democracia, o tecido social, a soberania e a justiça. Esse é o papel desta figura que medra entre a realidade paralela e a ficção roteirizada. É bom ficarmos atentos no Brasil, um fantoche desses pode ainda atazanar nossa existência.

O presidente fechou a semana anterior com a abertura da nova legislatura nacional. Seu discurso foi um libelo de chantagem e ódio. Depois descansou de forma bíblica e inaugurou a semana seguinte com outra peça maquiavélica. Mais uma das tantas que encenou em poucas semanas de mandato. Quando os trabalhadores da TELAM chegaram ao prédio da agência pública de notícias da Argentina o encontraram fechado e cercado. De presente receberam um afastamento temporário de 7 dias.

Os e as colegas, os demais trabalhadores, técnicos e administrativos, junto com profissionais de outros veículos e agências, não demoraram em se mobilizar para defender seus postos de trabalho, e sobretudo, o direito humano à informação e a democracia. Porque disso se trata. Milei fechando Telam atenta contra o direito humano à informação e rebaixa a qualidade democrática do país ao patamar mais baixo imaginável.

O libertário, como se faz chamar Milei junto a sua trupe imoral e apátrida, busca entregar aos monopólios da comunicação, Clarin, La Nación e seus repetidores, a totalidade da pauta política da Argentina, para que só uma versão, a do poder real, e só uma visão, a da classe rica e excludente, circule nos lares argentinos. É para que a sociedade argentina mais empobrecida não saiba quem e como acaba com ela. As argentinas e argentinos não podem saber quem envenena suas águas, quem queima seus bosques, quem entrega suas riquezas, quem mata os pobres e os povos originários. Milei precisa encarcerar a verdade a sete chaves. Assim o ordenaram seus patrões. E o boneco fatal tem que cumprir a ordem.

O Brasil não está livre ainda de retornar ao passado; olhar o roteiro de Javier Milei é um alerta. Ao fim, Milei é o produto mais novo de um sistema viciado em morte.

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