Terra.- A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) suspendeu preventivamente os salários de Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro (PL), e sua esposa, Daniela Weintraub, em razão de procedimento interno que investiga o não comparecimento de ambos ao trabalho. Os dois são professores da instituição.
Os salários estão suspensos desde abril deste ano, quando os processos foram instaurados. “A universidade seguiu os fluxos internos institucionais para a apuração dessas ausências, suspendendo, então, de forma preventiva, os salários de Abraham e Daniela Weintraub”, informou a Unifesp.
De acordo com a instituição, no dia 13 de abril, a Unifesp recebeu uma denúncia contra Abraham, via Ouvidoria, e começou a adotar todas as medidas para instauração de possível processo administrativo disciplinar, caso haja irregularidades na atuação dele. Já Daniela Weintraub responde a um processo administrativo disciplinar por faltas injustificadas e abandono de cargo.
Tanto Abraham quanto Daniela são docentes no campus de Osasco e têm carga horária semanal de 40 horas. Ele atua no departamento de Ciências Contábeis, enquanto ela faz parte do departamento de Ciências Atuariais.
Desde de junho de 2020, o casal está morando nos Estados Unidos. Quando viajou, Abraham ainda era ministro da Educação, mas pediu a exoneração do cargo assim que chegou no país norte-americano.
O Terra entrou em contato com o escritório Hadano Tanaka Advogados, que representa Abraham Weintraub, e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestações.
Veja a nota da Unifesp na íntegra:
A respeito da suspensão de salários dos servidores Daniela e Abraham Weintraub, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) esclarece:
A suspensão do salário de ambos os servidores se deu em razão do não comparecimento ao trabalho, seguindo o que determina a legislação. Há um procedimento interno a ser realizado pela Universidade para poder zerar os parâmetros de salário dos servidores. A universidade seguiu os fluxos internos institucionais para a apuração dessas ausências, suspendendo, então, de forma preventiva, os salários de Abraham e Daniela Weintraub a partir do mês de abril de 2023, data em que ambos os processos foram instaurados.
Desde o dia 13 de abril de 2023, quando a Unifesp recebeu denúncia contra o servidor Abraham Weintraub, via Ouvidoria, a universidade vem adotando todas as diligências cabíveis para apurar os fatos e colher os documentos necessários para instauração de possível processo administrativo disciplinar, caso haja materialidade. O prazo para conclusão do processo, bem como as punições previstas estão determinados na Lei 8.112/1990. Cabe ressaltar que esse tipo de apuração ocorre sob sigilo, seguindo as determinações legais.
Daniela Weintraub, por sua vez, responde a um processo administrativo disciplinar rito sumário por faltas injustificadas e abandono de cargo.
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