Associação Naturista (AGAL) realiza ato para conscientizar a população sobre a preservação da Galheta

A lei que assegurava o direito ao naturismo foi revogada em 2016 e o movimento tem lutado para restabelecer o direito de convivência harmônica com a natureza por meio de boas práticas.

Reprodução

Por Equipe Carla Ayres.

A Associação Amigos da Praia da Galheta (AGAL) realizará o ato “Salve a Galheta: Naturismo e Preservação do Meio Ambiente em risco!”, às 10h do dia 28 de maio, para conscientizar a população sobre as boas práticas do naturismo e sobre a importância de assegurar esse direito no local. A Lei nº 10.100, que previa o naturismo na praia, foi revogada em 2016 e desde então o movimento tem buscado divulgar as boas práticas desse modo de vida, que tem como filosofia o auto respeito, o respeito pelo próximo e o cuidado com a natureza. A Galheta é conhecida internacionalmente por sua exuberância e pela prática do naturismo, que ocorre desde os anos 70, e faz do local um dos principais destinos turísticos para naturistas do Brasil e do mundo.

A ideia do ato surgiu numa reunião realizada pela vereadora Carla Ayres (PT) junto a representantes da AGAL e diversas outras instituições da cidade interessadas no assunto, que ocorreu no dia 26 de abril, na Câmara Municipal de Florianópolis. A partir das 10 horas da manhã haverá a distribuição de panfletos informativos na Galheta e na Praia Mole para conscientizar a população e frequentadores do local. Em seguida, haverá a fixação de duas placas, no início e no final da Praia da Galheta, com informações sobre as boas práticas do naturismo, de modo a coibir atos obscenos e atitudes que atentem contra os conceitos defendidos pelo naturismo.

Para Miram Alles, presidenta da AGAL, o movimento pelo direito à prática do naturismo na Praia da Galheta está diretamente ligado à defesa do Parque Municipal da Galheta (desde 2016 transformado em Monumento Natural da Galheta) e sempre esteve comprometido com a preservação do local. “Nós integramos a resistência dos naturistas desde a década de 1990, defendendo este lugar sagrado e único, denunciando, fazendo Boletim de Ocorrência quando identificamos irregularidades, limpando a praia e cuidando deste espaço. O lançamento do movimento SALVE A GALHETA nasce da nossa preocupação com a especulação imobiliária e com a criminalidade na praia, vegetação e costões. O ato do dia 28 é uma defesa da Praia da Galheta, do meio ambiente e do direito à prática do naturismo”.

De acordo com a vereadora Carla Ayres, a prática do naturismo na Galheta é algo já pacificado entre a população. “A revogação da Lei é uma decisão que ignora os anseios da população e os interesses daquelas e daqueles que há décadas se esforçam para preservar o meio ambiente e manter a Galheta como um dos locais mais paradisíacos de Florianópolis. Vale destacar que, mesmo com a revogação, o próprio município divulga, no Portal da Secretaria Municipal de Turismo, a Galheta como uma Praia de Nudismo. Ou seja, esse sempre foi um diferencial daquele espaço e tem sido utilizado para divulgar e promover Florianópolis. Portanto, é preciso assegurar a conscientização da população acerca das boas práticas naturistas no local, de modo a garantir o respeito e a convivência pacífica entre os frequentadores, mantendo a Galheta como uma das praias mais preservadas da nossa cidade”.

A organização do ato convida todas as pessoas a se somarem na mobilização do dia 28, a partir das 10 horas da manhã na Praia Mole (em frente ao Bar do Deca) com sacos plásticos, luvas, filtro solar, chapéu e repelente.

1 COMENTÁRIO

  1. Florianópolis sendo Florianópolis. Conservadora, tacanha, um antro de gente infeliz e invejosa. A proibição do bikini? É pro próximo verão? Teremos cultos nas praias? O elemento prefeito, é do partido da iurd. O fundo do poço de Nossa Senhora do Desterro, é cheio de porões.

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