Como em todos os anos, a Assembleia Geral da ONU adotou no dia 15/12 uma resolução para combater a glorificação do nazismo. O documento é intitulado “Combater a glorificação do nazismo, neonazismo e outras práticas que contribuem para alimentar formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata” e foi proposto pelo governo russo.
A grande “surpresa” desta vez foi a grande quantidade de países votando contra essa resolução. Foram 120 votos a favor (incluindo o Brasil, a grande maioria dos países latino-americanos e os países socialistas), 10 abstenções e 50 votos contrários.
Diferente de anos anteriores, quando “somente” os paladinos da democracia Estados Unidos da América e o governo fascista da Ucrânia eram contra, agora temos grande parcela de países do “mundo democrático” e muitos filiados a OTAN (Austrália, Bélgica, Canadá, França, Alemanha, Grécia, Itália, Polônia, Portugal, Reino Unido e o tão famoso, mundo de “bem estar social” nórdico votaram contra a resolução (A/77/461).
A resolução reflete a preocupação dos Estados com “qualquer forma de glorificação do movimento nazi, do neonazismo e dos antigos membros da organização Waffen SS, incluindo a construção de monumentos e memoriais e a celebração de manifestações públicas para glorificar o passado nazi, o movimento nazi e neonazismo.”
Uma situação preocupante e que reflete os grandes tensionamentos mundiais advindos da crise sistêmica do capitalismo. É perceptível também o crescimento (e impunidade) das forças políticas fascistas pelo mundo, sobretudo nos países que votaram contra a resolução. Fica nítido que o fascismo ainda é uma arma e alternativa do imperialismo para tentar esmagar a classe trabalhadora pelo mundo.