Numa sociedade onde a busca por poder capital supera a priorização da vida e dignidade de cidadãos e cidadãs, territórios são alvo de disputa. Assim como, de destruição. Neste sentido, diretamente da Ilha de Maré, na Bahia, o repórter Luis Rodrigues conversou com a moradora e defensora de seu território, Eliete Paraguassu.
Na localidade, a cultura da pesca é forte, fonte de sustento. Há os manguezais e demais elementos naturais que fazem parte da vida da comunidade negra. Sem apoio do governo, tudo o que há de preservado na Ilha é conquistado a partir de luta social.
Como o espaço é rodeado por indústrias, como a Petrobrás, quais trabalham com metais pesados, o ambiente é poluído quimicamente todos os dias. Além disso, tendo em vista algumas manifestações realizadas, a petrolífera entrou com três ações contra a comunidade para impedir a mobilização social. O estado, preocupado com o PIB e lucros do complexo industrial nega em discutir o racismo ambiental presente.
Enquanto isso, a população é intoxicada e fica vulnerável a doenças. Para Eliete, “eles querem nosso território, o capital nos ameaça e o racismo invisível é perverso. Roubaram nosso bem viver, por isso lutamos por uma Bahia livre”. Segundo ela, foi feita uma pesquisa que constatou presença de mercúrio no organismo de 116 crianças.
“Meu corpo é meu território, o meu cabelo é comunicação e essa comunicação para viver neste espaço é sagrado, a gente não vai abrir mão”, destaca.
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