Na coluna Vozes com Alex Sander Magdyel recebemos Caroline Sardá, militante do Movimento Feminista pela Diversidade, para falar sobre o tema da violência contra a mulher e a criança e o direito ao aborto legal, seguro e gratuito.
São inúmeras as violências cometidas contra mulheres e crianças no nosso país. Recentemente tivemos a triste notícia da abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa de Santa Catarina para investigar a forma como foi feito o aborto de uma menina de 11 anos que foi estuprada.
Caroline acompanhou a sessão da ALESC sobre o caso do aborto e conta que o debate girou em torno de falas moralistas, falaciosas e anticientíficas. Deputados colocaram vídeos de fetos sendo desmembrados para comover os presentes, falaram em sacrifício humano, infanticídio, etc. Apelaram para emoção ao debater um caso que está dentro da lei; segundo o código penal o aborto é legal para casos de anencefalia, estupro e gravidez de risco.
Assim como ocorreu em outras cidades de Santa Catarina, em Joinville será realizada uma mobilização nesta sexta-feira, dia 15, contra a CPI, contra o sensacionalismo e moralismo em torno do debate sobre o aborto e pela descriminalização do aborto.
Se você mora em Joinville participe da mobilização!
Assista à entrevista completa no link abaixo:
Uma das maiores violências é a ausência de educação sexual nas escolas. Ali seriam resolvidos parte considerável dos problemas. Muita gravidez indesejada não ocorreria. Muitos avanços dos limites seriam evitados. Mas a hipocrisia religiosa ganhou. E como a presença de mulheres no parlamento é uma das mais baixas do mundo as mulheres e crianças brasileiras seguem desprotegidas . Na Argentina a coisa andou por que 45% do parlamento é ocupado por mulheres . As consequências do voto não cobraram um preço tão alto.