Cleber Teixeira, o poeta da tipografia

Foto: Site editora Noa Noa

Redação

Nessa manhã (10/06), o JTT Cultura teve como tema a tipografia e a vida e trabalho de Cleber Teixeira, poeta, editor e tipógrafo. Contamos com a presença de Cristiano Moreira, poeta, professor, produtor cultural e tipógrafo; Jackson D. Chiapa, designer gráfico e tipógrafo; Denize Gonzaga, historiadora e revisora editorial e Ronaldo Werneck, poeta, letrista, videomaker e jornalista.

Foto: Site editora Noa Noa

Quem foi Cleber Teixeira?

Nasceu no Rio de Janeiro em 1938., estudou Letras e frequentou a Escola de Belas Artes, vivenciando a efervescência cultural do Rio de Janeiro nas décadas de 1960 e 70. Foi revisor da Editora Civilização Brasileira, trabalhou no Instituto Nacional do Livro e na Editora Bloch. Em 1965 ele criou a Editora Noa Noa produzindo manualmente seu primeiro título. Em 1977 transferiu-se para Florianópolis, dedicando-se integralmente à Noa Noa. Publicou livros de escritores consagrados da literatura nacional e internacional, novos escritores e suas próprias produções. Veio a falecer em 2013, deixando um legado para escritores, tipógrafos e trabalhadores da cultura.

Foto: Site editora Noa Noa

Em 2020, Denize Gonzaga criou um projeto para registar o patrimônio, a vida e obra de Cleber. O fez a través da publicação de um livro que possui textos, imagens e depoimentos.

“A tipografia é o lugar de trabalhar com o peso da palavra” (Cristiano Moreira)

Foto: Site editora Noa Noa

Cristiano e Jackson, também inspirados em Cleber, criaram em 2014 uma Editora tipográfica chamada Papel do Mato, localizada em Rodeio no médio Vale do Itajaí – SC. Além do papel, imprimem seus livros em folha de mato, casca de árvore, costuram à mão, etc.

Ronaldo Werneck conta que na “Noa Noa, Cleber dirigia todo o processo, da feitura à composição tipográfica (…). Não só a idealização dos poemas, como o fato de um poeta meter a mão na massa e fabricar o poema em sua tipografia. Na Noa Noa o processo se fechava, se completava. Do poeta idealizador ao poeta fabricante.”

Assista a entrevista completa no link abaixo:

 

 

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