“Você consegue viver no mundo sem estar nesta competição social que eles pregam tanto, sabe?”, reflete rapper, Cristian Breuer

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No desenvolvimento humano de nossa sociedade, principalmente diante de tantas amarras e aprisionamentos estruturais históricos, os livros como geradores de conhecimento se constituem como ferramenta de libertação. Em seu livro “A Obesidade do emocional: o retrato de uma sociedade materialista, desequilibrada e escravizada pelo próprio ego, a caminho do despertar, o escritor e rapper Cristian Breuer cumpre o papel social de contribuir neste processo. 

O autor inicia a escrita com a seguinte abordagem: 

“Vivemos em um mundo sensacionalista, em que o show das aparências externas camufla nossas angústias, num desfile  alegórico animalesco. Seus espectadores são os que fabricam o próprio algoz social do materialismo, em busca de um conforto ilusório e insaciável que a própria natureza nos ofereceria, se o nosso sentimento fosse compatível com a sua grandeza. A estupidez, a arrogância, a ignorância, a desconfiança, trazem a ânsia de viver em um mundo desequilibrado por tantas mentes transtornadas em busca de uma ilusão, que vendem com o preenchimento do tão temido vazio existencial. Em um mundo socialmente competitivo, e moralmente destrutivo, a evolução nos cerca de forma lenta, adentrando nessa nova era de regeneração, acompanhados de nossos guias espirituais, daqui e de outros orbes, que têm como missão mais que especial nos fazer entender o que é o amor, principalmente por nós mesmos.”

O livro é estruturado em 7 capítulos: Pior que o Isolamento Social é o Emocional; Mecanismos de Mascaramento do Ego; Transformando a Corda Bamba em Ponte Indestrutível; Até quando teremos que aguentar os inimigos da lógica?; Ansiedade, o desequilíbrio; Depressão, a doença espiritual; O despertar da consciência e finaliza com uma Carta psicografada de Jesus Cristo.

No JTT-Manhã Com Dignidade de quarta-feira (01), o autor conta que decide abordar os temas a partir de curso que realizou onde era abordado o funcionamento da sociedade. Toda sua vivência na política, movimentos sociais, no rap e a escrita de artigos publicados em blog online também foram motivos de inspiração. Escrito durante a pandemia, o livro foi publicado sem fins lucrativos, em 2020. 

O sentido da escrita do livro para o autor foi a partir de pessoas que apresentavam dificuldade para compreender o que vive, como a sociedade se organiza e quais defeitos e problemas beneficia uns e sucumbe outros.

“Então, você despertando a sua consciência e compreendendo o que está ao seu redor, isto desde a base familiar, até o trabalho, saber os seus direitos… por que não ensinam política nas escolas? Porque querem formar cidadãos inconscientes, que fiquem calados, que não vão lutar por seus direitos”, explica. 

Como a vertente do autor é a espiritualidade, o aspecto emocional também foi abordado. Afinal, para ele “é o emocional da pessoa que leva ela a criar o padrão de vida, tanto para o bem, como para o mal”

No capítulo do livro intitulado “Até quando teremos que aguentar os inimigos da lógica?”, Cristian aborda o conceito de crença. Para ele, a crença, dogmas, paradigmas fazem parte desta estrutura de convencimento de controle mental da população: “Você acaba absorvendo tudo de fora para dentro, toda informação que vai te construir. Mas, na verdade,  você tem que desconstruir ou construir, de dentro para fora. Você tem que buscar o seu eu”.

O autor, paralelo a isso explica que a espiritualidade não contém dogmas, paradigmas, sim, está na essência de cada um e cada uma. Também, ressalta: “Se prendendo a uma crença, você fecha a sua mente. Se segue o que já é pré-imposto, as pessoas não são livres para pensar!”

No livro, outros aspectos relacionados ao emocional e mental são abordados. Cristian acredita que existe o ego bom e o ruim: “Usando de forma coletiva, se torna benéfico”. Ele vê a ansiedade como fruto do capitalismo. Sendo que, posteriormente, este desequilíbrio mental, pode se tornar depressão. No entanto, para tudo isso, há soluções.

“Você consegue viver no mundo sem estar nesta competição social que eles pregam tanto, sabe?”

Sentiu interesse em assistir à entrevista completa? Acesse abaixo:

 

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