“Os moradores de rua já vem da época da escravidão, né?” reflete assistente social

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Enquanto a estrutura social não for destruída e transformada por completo, consequências continuam impactando nossa realidade. Mesmo que direitos humanos foram instituídos e alguns passos dados, há lacunas abertas. No JTT-Manhã Com Dignidade desta quinta-feira (19), ao abordar a situação dos/as brasileiros/as sem acesso ao direito a moradia digna, a a assistente social e membro do Coletivo Voz das Manas e movimento Pop Rua, Kaionara Aparecida dos Santos, reflete: “Os moradores de rua já vem da época da escravidão, né?”

De acordo com a assistente social, a nível nacional a população de rua é carente em diferentes sentidos. O pior, é que o estado se nega de assumir essa responsabilidade de atender, proteger e priorizar estes seres. Sendo que, soluções existem: incentivo a construção de moradias populares.

Atualmente, em Florianópolis, está encerrando uma medida emergencial feita no período de pandemia para acolher moradores/as de rua em espaço da Assistência Social. A Prefeitura Municipal não traçou alternativas, nem propôs políticas públicas para acolhimento destas pessoas, nem mesmo, estão abertos ao diálogo para negociação. Desta maneira, está sendo realizado diálogo direto com a empresa terceirizada, responsável pelo espaço. 

A administração municipal abriu somente 30 vagas para acolhimento. Enquanto isso, a mídia tradicional afirma que já foram acolhidas 250 pessoas, publicaram que ontem levaram 100, somando 280 no espaço de acolhimento. Ou seja, a conta não fecha. Essas questões adoecem  os profissionais que conhecem de fato a realidade existente. “Eles querem que a gente aceite, engula o que eles estão fazendo, nós sabendo que os números não batem e que como estão trabalhando não vai dar certo”, afirma.

É sabido também, que politicamente eles estudam como caminho o encarceramento da população de rua. Kaionara explica que “isso porque estamos num país que não tem emprego, não tem políticas efetivas para essa população, então a gente sabe que o próximo caminho é encarcerar. Eu como profissional fico pensando, como eles ganham em cima desta população?”

O dinheiro público que deveria ser destinado para essas pessoas está no seu destino correto. Portanto, por necessidade a “luta é diária”, enfatiza a assistente.

Para assistir à entrevista completa acesse:

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