O próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, que toma posse na próxima semana, reiterou a possibilidade de que a corte seja alvo de ciberataques durante o processo eleitoral. “O que eu mencionei é que há possibilidade de um ciberataque à Justiça Eleitoral, nomeadamente ao Tribunal Superior Eleitoral, e que a segurança cibernética era um item fundamental”, disse ele, em entrevista ao jornalista José Marques, da Folha de S. Paulo.
“As milícias digitais se hospedam em diversos países, e mencionei a Rússia como um dos exemplos –eu poderia ter mencionado a Macedônia do Norte. Estou falando de riscos que são reais, mais que potenciais, e que podem advir de atores privados, ou em alguns países com colaboração de atores estatais. E onde há colaboração de atores estatais? Onde a legislação não tem o mínimo de controle democrático e o mínimo de controle dessas milícias digitais. E infelizmente a Rússia é reconhecidamente exemplo de patamares mínimos de regulação. A terceira observação é que eu tenho um conjunto de fontes. Começam com um relatório do Senado norte-americano sobre as eleições norte-americanas, passam pelas eleições da Alemanha e por relatórios publicados em veículos respeitados de comunicação”, prosseguiu.
No entanto, as acusações feitas pela mídia dos Estados Unidos sobre interferência russa nas eleições presidenciais de lá jamais foram comprovadas.