Muvuca Agroflorestal pelo Parque Baía Sul e pelo aterro vivo

Chamado para o ato de sábado

O que:#AterroVivo, Muvuca Agroflorestal pelo Parque Baía Sul

Quando: Sábado de sol, dia 22/01/22 às 16:20.

Onde: Quadrado, Pomar dos Ciclistas, no aterro da Baia Sul, via expressa pro lado do mar. Localização no mapa.

Matéria publicada no Valor Econômico no dia 11/01 expõem os planos do Governo Federal em vender para fundos imobiliários todo o aterro da Baia Sul de Florianópolis, terras públicas de propriedade da União.

Essa boiada está sendo possível devido a Lei Nº 14.011, de 10 de junho de 2020, que permite e facilita a venda destas terras públicas em todo país, sob o pretexto de que estariam desocupadas, e trazendo despesas ao governo.

Florianópolis, junto com Belo Horizonte, agora são a cereja do bolo da liquidação nacional do patrimônio público que o governo Bolsonaro pretende conduzir a toque de caixa. O secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, afirmou que o governo pretende lançar os editais ainda em março, para que até junho já sejam selecionados os gestores na bolsa de valores para se apropriarem do que é nosso. A importância é tamanha, que as duas cidades formarão fundos próprios para o “desenvolvimento imobiliário”.

E a venda será feita no atacado, para gestores de fundos imobiliários com ativos de pelo menos R$ 500 milhões. Trocando em miúdos, as terras públicas serão vendidas para que grandes empresas do mercado financeiro negociem na bolsa de valores papeis para investidores, lucrando os investidores e a empresa, e ficando o povo sem as terras. Na matéria citam que a prefeitura de Gean “busca transformar a atual Via Expressa Sul em Beira-Mar Sul, inspirada na Beira-Mar Norte, atraindo moradias e negócios. Trata-se de uma rota de acesso ao novo terminal aeroportuário e ao estádio conhecido como Ressacada.”

Assim, o Governo Federal de Bolsonaro, aliado ao Governo Municipal de Gean Loureiro, se unem para entregar de bandeja uma imensa área aterrada com muito dinheiro público para que grandes capitalistas especulem na bolsa. Para que depois se converta no “boom” da construção civil, enchendo os bolsos das construtoras que financiam as campanhas, e fornecendo moradia como um “ativo” para “investir”, e não para quem não tem onde viver em uma cidade onde o custo de vida é um dos mais altos do país, na capital que teve o maior aumento de aluguel do Brasil no ano passado.

Ignora-se também que este aterro teve um impacto ambiental e social altíssimo para toda as comunidades da Costeira do Pirajubaé e Saco dos Limões e tiraram o coração da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé para aterrar aquilo tudo de areia. Quando o território esboça seus primeiros sinais de recuperação ambiental, este consórcio de interesses capitalistas e egoístas pretende ali construir prédios, ferindo de morte a recuperação gradual do nosso aterro. Ignora-se também a vontade que a população do entorno tem de transformar toda aquela região, com seu imenso potencial, em um parque cultural público, para que todas as pessoas e demais seres viventes possam usufruir.

Já fazem anos que se luta para que naquela região seja criado este parque. Um belo exemplo desta luta é o Pomar dos Ciclistas, onde a comunidade mantêm há 5 anos e sem apoio do poder público um espaço comunitário para atividades culturais e ambientais com uso de bicicleta, mutirões de plantio e uso coletivo em um dos “quadrados” do aterro. Pois bem, esta semana, nestas estranhas coincidências, dias depois do anúncio do governo o Quadrado amanheceu em chamas, em um incêndio que destruiu tão somente a região utilizada para o plantio de mudas, nos mutirões comunitários.

As chamas que consomem tudo são simbólicas para a liquidação da vida e do coletivo que este(s) governo(s) estão fazendo, para beneficiar uma minoria rica. Que estas cinzas virem adubo para fortalecer a resistência que se faz necessária na defesa do bem comum!

Neste sábado dia 22 estaremos presentes no fim de tarde no Quadrado, Pomar dos Ciclista, com uma atividade para mobilizar corações e mentes pela criação do Parque Baía Sul. Será uma Muvuca Agroflorestal e livre, portanto leve mudas e ferramentas para plantar, faça piquenique, leve pipa, bicicleta, skate e o que mais te der na telha. Haverá também uma roda de conversa, para conversarmos sobre o que podemos fazer para resistir e conseguir a criação do parque. Lembrando que ainda estamos em pandemia, portanto use máscara e álcool 70!

#AterroVivo
Não se aterra o mar para uso particular!

SOME-SE A ESSA LUTA NA DEFESA DO BEM VIVER PARA TODAS, TODOS E TODES!

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.