Por Plínio Teodoro.
Após atos que levaram mais de 750 mil brasileiros às ruas neste sábado (19), o grupo suprapartidário que reúne partidos de esquerda, ex-aliados do governo e movimentos da sociedade civil finalizam o superpedido de impeachment de Jair Bolsonaro, que já conta com uma lista de 20 crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente.
O objetivo é unificar em um único documento as justificativas mais pertinentes que constam nos 121 pedidos de impeachment já protocolados na Câmara.
Advogados que trabalham na ação listam entre os crimes a sustentação aos atos golpistas com ameaças ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF), as interferências nas Forças Armadas e a política negacionista genocida durante a pandemia, que levou o Brasil a atingir a macabra marca de mais de 500 mil mortos.
A iniciativa conta com partidos que fazem oposição ao governo e de bolsonaristas arrependidos, como os deputados Alexandre Frota (PSDB) e Joice Hasselmann (PSL).
Intimada
Na noite deste sábado (19), o deputado federal Rogério Correia (PT) intimou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a colocar um dos pedidos de impeachment já protocolados em discussão e votação.
Eleito com o apoio de Bolsonaro, Lira foi às redes lamentar o “dia de dor”, em que o Brasil ultrapassou as 500 mil mortes por Covid-19, dizendo que “amanhã também será um dia de dor”.
“Tem razão @ArthurLira_ E enquanto Bolsonaro estiver governando os dias de dor não terminarão. Coloca um pedido de impeachment para discussão e votação. Hoje milhares nas ruas pediram isto!”, rebateu Correia.
Enquanto todos não estiverem vacinados, com a pandemia sob controle, teremos dias de dor.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) June 20, 2021
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