Temendo depoimento de Pazuelllo, comandante do Exército se reúne com presidente da CPI do Genocídio

Diante do temor do general Paulo Nogueira em relação a "reputação" das Forças Armadas, Pazuello teria prometido ir à paisana, mas se irritou e disse que não admitiria ser abandonado, pois cumpria "missão oficial" no governo Bolsonaro

General Eduardo Pazuello. Foto: Anderson Riedel/PR

Por Plinio Teodoro.

O comandante do Exército, general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira se reuniu na noite desta segunda-feira (3) com o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI do Genocídio, preocupado com a “reputação” das Forças Armadas por causa do depoimento do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. A informação é de Malu Gaspar, na edição desta quarta-feira (5) do jornal O Globo.

O comandante também estaria em contato com o ex-ministro de Jair Bolsonaro e mandou recado proibindo que ele fosse fardado em seu depoimento na CPI.

Pazuello teria prometido ir à paisana, mas durante o treinamento feito no fim de semana para enfrentar a comissão, se irritou e chegou a dizer que “não iria admitir ser abandonado, por que estava cumprindo uma missão como oficial da ativa”, segundo a jornalista.

A declaração de Pazuello teria feito Oliveira procurar Aziz, que prometeu ouvir o militar como ex-ministro do governo e não como general.

O comandante também já teria adiantado a informação de que Pazuello teve contato com dois militares contaminados com Covid-19 e iria pedir para adiar seu depoimento, marcado para esta quarta.

Nesta terça-feira (4), durante a sessão, Pazuello comunicou que não poderia comparecer ao depoimento marcado.

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