O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) admitiu, pela primeira vez, em entrevista ao jornal O Globo, veiculada nesta quarta-feira (5), que o seu ex-assessor e ex-motorista Fabrício Queiroz pagou despesas suas com plano de saúde e mensalidades escolares de filhas.
“Pode ser que, por ventura, eu tenha mandado, sim, o Queiroz pagar uma conta minha. Eu pego dinheiro meu, dou para ele, ele vai ao banco e paga para mim. Querer vincular isso a alguma espécie de esquema que eu tenha com o Queiroz é como criminalizar qualquer secretário que vá pagar a conta de um patrão no banco. Não posso mandar ninguém pagar uma conta para mim no banco?”, pergunta.
O repórter ainda insiste e pergunta se R$ 100 mil para pagar o plano de saúde não é muito dinheiro vivo para dar para ele? Flávio responde que não: “Em 12 anos? Você acha isso muito dinheiro em 12 anos? Minhas contas são investigadas desde 2007. Se você pegar esse dinheiro, R$ 120 mil, e diluir em 12 anos, vai dar R$ 1.000 por mês. Isso é muito? Não é muito. Qualquer plano familiar baratinho é mais do que isso. Não tem ilegalidade. A origem dos recursos é toda lícita”, diz.