O Sindicato de Profissionais de Câmbio do Líbano proibiu cidadãos não-libaneses de comprar dólares subsidiados, reportou ontem (5) a agência Al Watan Voice.
Em resposta à decisão, o movimento palestino de Jihad Islâmica declarou: “A ordem do Sindicato de Profissionais de Câmbio do Líbano mantém a onda de decisões opressivas cujos alvos de fato são os refugiados palestinos.”
A decisão afeta mensalidades universitárias e custos de residência de refugiados palestinos no exterior, esclareceu o movimento, além da capacidade de custeio sobre aluguéis e mesmo bens alimentares.
“Todos sabem que os refugiados palestinos contribuem para canalizar capital estrangeiro ao mercado libanês, via transições regulares e ongs humanitárias locais e internacionais”, prosseguiu o comunicado.
O grupo palestino exortou o governo libanês a agir rapidamente para interromper as políticas de opressão e discriminação contra refugiados palestinos.
Os bancos do Líbano proibiram todas as transferências internacionais em novembro último, como tentativa de impedir a fuga de capital, à medida que o país enfrenta sua pior crise fiscal e econômica em 30 anos.
A moeda nacional, a lira libanesa, perdeu mais de 80% de seu valor desde outubro de 2019; é comercializada agora em aproximadamente 9.000 liras para cada um dólar.
A crise financeira afeta diretamente a população como um todo, junto de cortes frequentes em energia, grave aumento nos preços dos alimentos e alta taxa de desemprego.
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