Divulgados inicialmente como se estivessem vinculada com o suposto hackeamento dos celulares do ex-juiz federal Sérgio Moro e de procuradores do MPF, os R$ 600 mil que passaram pelas contas do casal Gustavo Santos e Suellen Priscila de Oliveira estão relacionados com estelionato, e não com uma suposta “compra de serviços”.
O editor-executivo do The Intercept Brasil, Leandro Demori, usou as redes sociais na manhã desta quinta-feira (25) para destacar a origem desse dinheiro, que inicialmente fora ocultada. Segundo Demori, “primeiro vazaram que os presos movimentaram 600 mil e que tinham 100 mil em casa, deixando no ar que esse dinheiro teria sido pra comprar as mensagens. Só depois o delegado João Vianey Xavier Filho explicou que eles são estelionatários de cartões de crédito”.
Nos vazamentos, primeiro vazaram que os presos movimentaram 600 mil e que tinham 100 mil em casa, deixando no ar que esse dinheiro teria sido pra comprar as mensagens. Só depois o delegado João Vianey Xavier Filho explicou que eles são estelionatários de cartões de crédito.
— Leandro Demori (@demori) July 25, 2019
O jornalista criticou o método de divulgação da Polícia Federal, criticando o fato de que se deu brecha para uma narrativa diferente da que justificava a prisão dos supostos hackers. Demori ainda destacou que a coletiva de imprensa realizada pela PF não deu espaço para perguntas de jornalistas e que ainda não há conclusão na investigação.
Os vazadores fatiaram uma história e a serviram em pedaços para montar uma narrativa. Depois de 40 horas, deram uma coletiva sem deixar que os jornalistas fizessem perguntas e confessaram pro @rafaelmmartins: a investigação esta só no começo e não tem conclusão nenhuma.
— Leandro Demori (@demori) July 25, 2019