Por Railídia Carvalho.
O objetivo dos atos do dia 20 de outubro é fazer ganhar as ruas e chegar até a população a real campanha e propostas de Fernando Haddad e Manuela d’Ávila. Os dois candidatos tem sido vítimas de centenas de mentiras espalhadas pelo whatsapp por seguidores e pela campanha de Bolsonaro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem determinado a retirada de circulação de algumas dessas fake news.
Em plenária realizada nesta terça-feira (16), quando recebeu apoio de movimentos sociais e sindicais, Haddad pediu que a militância erga a cabeça porque “é só acertar a agulha no orifício certo dessa armadura que isso vai derreter em alguns dias”. Ele comparou o adversário a um balão de ar.
Segundo Haddad, é na rua que Bolsonaro será desmascarado já que ele foge dos debates. “Precisamos conquistar 10 milhões de votos e para isso há muito trabalho a ser feito”, afirmou o candidato.
Haddad vai preservar direitos. Bolsonaro vai fortalecer desigualdade
Nesta quinta-feira (18) será formalizado o apoio de mil juristas a chapa Haddad e Manuela. Segundo ex-ministros, professores de direitos e magistrados, Haddad seria capaz de garantir um “ambiente de paz, de tolerância e de garantia das liberdades públicas.”
Sete centrais sindicais também reafirmaram no dia 10 de outubro o apoio a Haddad e Manuela. Segundo manifesto das centrais, Haddad é comprometido com os direitos sociais, democracia e soberania enquanto Bolsonaro representa desemprego, precarização do trabalho e retirada de direitos.
PCdoB, PT, PSB, PCB, Pros e Psol lançaram nesta segunda-feira (15) a Frente Democrática em apoio à candidatura de Fernando Haddad à Presidência da República. Segundo manifesto da Frente, o voto em Haddad é dar uma resposta à “ameaça” do fascismo simbolizado em Jair Bolsonaro (PSL). A candidatura de Haddad oferece um projeto para o país em que “todos têm oportunidades, não apenas os privilegiados de sempre”.
Ocupar as ruas para dizer sim à democracia e #EleNão
Natália Szermeta, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), afirmou durante a plenária dos movimentos sociais que o movimento de mulheres que realizou o ato #EleNão no dia 29 está mobilizada para a construção do dia 20. Segundo ela, a ocupação das ruas é mais uma etapa da luta em defesa da democracia.
Ao candidato Haddad, Natália afirmou: “Receba aqui a energia dos lutadores e das lutadoras que estão nesta grande plenária se somando para ocupar as ruas, para dizer sim a democracia. Dizer EleNão. E no segundo turno a gente vota 13 para retomar a democracia neste pais e o direito de todos e todas”.
Ao final da plenária dos movimentos sociais, Haddad reiterou que os dez dias que faltam para o segundo turno da eleição “são uma eternidade” e ainda dá tempo de “afastar o fantasma que assombra a democracia” brasileira.