Como são retratadas as mulheres brasileiras na publicidade? Quem são as negras, indígenas, trans e lésbicas nas campanhas de TV? Quais as mulheres com deficiências físicas que estampam os anúncios de jornais e internet?
Uma pesquisa feita pela agência 65/10, sobre a representação das mulheres nas principais páginas de marcas no Facebook Brasil, levantou que, nas postagens, poucas são as mulheres protagonistas. Sendo a maioria branca, magra e nenhuma lésbica. Mulheres trans e indígenas apareceram apenas em campanhas comemorativas e de visibilidade.
E para reverter essa situação, a agência comandada por mulheres, criou o Mulheres (In)visíveis, um banco de imagens que estreou em 2017 com fotos de mulheres negras e trans, pessoas potencialmente esquecidas pela publicidade. Nesse ano, o projeto veio renovado com novos perfis reais compondo o portfólio.
“Queríamos falar sobre mulheres com deficiência e mulheres com mais de 45 anos. Não existe a representação dessas pessoas” conta Maria Guimarães, sócia e fundadora da 65/10. A publicitária relembra que mulheres lésbicas, acima dos 45 anos são invisibilizadas pela mídia e que a mulher com deficiência só é lembrada nas paralimpíadas.
Nessa segunda edição, 100 mulheres responderam um formulário de como queriam ser representadas. As escolhidas foram clicadas pela fotógrafa baiana Helen Salomão, a Helemozão, de quem já falamos na VICE.
No dia das fotos, Maria conta que quando começaram a pedir para as modelos fazerem os gestos e poses, que geralmente não costumam fazer, elas enxergavam a própria beleza aos poucos. “São mulheres, algumas bem-resolvidas, mas outras que têm problema de autoestima e que ainda não veem a beleza de quem elas são”, completa.
Saque mais fotos do projeto Mulheres (In)visíveis abaixo e acesse o banco de imagens clicando aqui.