O ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, é investigado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) por suspeita de uso indevido de verba publicitária do programa “Asfalto Novo”.
O programa foi iniciado quando o tucano era prefeito em novembro de 2017, e ele afirmava que recapearia as ‘grandes avenidas’ da cidade até abril de 2018, quando deixou o cargo para disputar o Palácio dos Bandeirantes.
O promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social da capital, Nelson Luís Sampaio de Andrade, instaurou um inquérito civil para apurar indícios de irregularidades em propagandas sobre o programa de recapeamento asfáltico.
A investigação é baseada em representações feitas por dois vereadores do PT, Alfredinho e Reis. Segundo os parlamentares, Doria usou os programas de governo para promoção pessoal, com o uso de verbas públicas para publicidade.
Vale lembrar que quando estava prestes a deixar a prefeitura, em abril deste ano, Doria dobrou a verba de publicidade, em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, foram reservados R$ 66,4 milhões em três meses, valor equivalente a todo o gasto na rubrica “comunicação social” registrada no ano passado.
Em nota, os advogados de Doria, Tony Chalita e Flavio Costa Pereira, disseram que “a publicidade institucional realizada pela prefeitura municipal de São Paulo sobre o programa ‘Asfalto Novo’ cumpriu rigorosamente todas as exigências constitucionais e legais, garantindo-se em absoluto a preservação da impessoalidade da mensagem e a configuração do caráter educativo, informativo e de orientação social”.