A travesti Michelly Garcia, de 25 anos, foi assassinada a tiros na noite de sexta-feira (03) na Travessa 4, da rua Leopoldo Brod, no Pestano, Pelotas, Rio Grande do Sul. Ela estava com o seu irmão dentro de casa. De acordo com a Brigada Militar (BM), dois motociclistas foram à resistência de Michelly por volta das 23h50 e deram um tiro na cabeça dela. Ela morreu a caminho do hospital. O irmão A.R.C., de 26 anos, que também estava na casa, foi baleado na perna e não corre risco de morte.
O caso foi entregue à Delegacia de Homicídios de Pelotas, nenhum suspeito foi identificado e até o momento ninguém foi preso. Não há menção de que seja uma mulher trans ou travesti ou que o crime possa ter sido motivado pelo preconceito a identidade de gênero. Michelly foi velada no cemitério São Lucas, capela 1, no sábado (4) e sepultada às 18h.
A mídia local, como o Diário Popular, tratou Michelly como sendo um homem cis, falando inclusive que o nome de registro. No título, eles dizem que “uma pessoa é assassinada” e não mencionam que se trata de uma travesti ou mulher transexual. A invisibilização desta informação dificulta a apuração dos crimes de transfobia e a cobrança por políticas públicas. Michelly é a primeira mulher trans assassinada em março.
Fonte: Nuclon.