Governo acaba com o controle do preço de medicamentos

Em Alerta Social.

Teremos um longo 2017 pela frente para testemunhar as consequências do desmonte do SUS e suas políticas estruturantes.

O governo adora dizer que em tempos de PEC 55, o “Teto nasce para todos”, certo? Errado. Ele é só para os pobres mesmo. No apagar das luzes de 2016, Michel Temer publicou uma medida provisória que autoriza o aumento de medicamentos acima da inflação. Pela lei atual, os preços só poderiam atualizados uma vez ao ano com base na inflação medida pelo IPCA.

E sabe quem vai tomar a decisão sobre os índices de aumentos? O Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) — composto por Ricardo Barros, Eliseu Padilha, Henrique Meirelles, Alexandre de Moraes e Marcos Pereira. A posição de ataque direto ao SUS por partes desses ministros é pública e recorrente.

O ministro da saúde Ricardo Barros disse “Estamos com uma epidemia de sífilis e não conseguimos resolver o problema porque não há interesse econômico na produção de penicilina nem pelos laboratórios públicos. Vamos ajustar o preço para que se tenha uma margem para quem produz”. Além da Penicilina, o Ministério da Saúde informou que medicamentos para o tratamento de câncer também terão aumento.

Teremos um longo 2017 pela frente para testemunhar as consequências do desmonte do SUS e suas políticas estruturantes.

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