As injustiças cometidas pela Vigilância Sanitária aos camponeses/as

No dia 15 de dezembro de 2016,  o dia amanheceu com mais violência contra os/as trabalhadores e trabalhadoras do campo. Dessa vez a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), iniciou suas ações no Povoado de Ramal entrada da cidade de Quixabeira – BA. Derramamento do leite de um agricultor foi uma das primeiras práticas realizadas nessa operação, será mais uma família que terá prejuízos em sua pequena renda conseguida com tanto suor, assim como tantas outras nesse processo injusto em que envolve os/as camponeses/as em suas diversas formas de sobreviver e vender alimentos de qualidade.

É revoltante perceber a cada ação dessas que as leis não são feitas de maneira adequada e olhando a realidade principalmente dos pequenos apesar de muita luta já realizado no sentido de corrigir esse erro histórico no que se refere às normas de comercialização.

Indiscutivelmente esses procedimentos tem trazido terror, medo e revolta por parte dos/as trabalhadores/as que tentam vender de maneira honesta sua produção e sustentar suas famílias. Como nos relata a agricultora Lidiane Pereira: “É revoltante isso, essa perseguição a nós trabalhadores que sustenta inclusive esses empregados da ADAB, e todos desse país.”

Infelizmente tem se tornado rotineira essa prática na região com aval dos governos federais, Estaduais e Municipais, até por que trata-se de uma Lei, no entanto, incompatível com a realidade camponesa e portanto ilegítima e que deve ser repensada. Fica o sentimento de revolta e o desafio de mudar essa realidade opressora com mais e mais lutas da população trabalhadora que, diga-se de passagem, tem sido nesses últimos períodos o maior alvo no sentido de perda de direitos e junto a isso o sofrimento e exploração exacerbada pelo sistema capitalista através de seus mecanismos, inclusive o Estado Brasileiro.

Fonte: MPA. 

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