Se hoje eu tivesse que ir para a rua fazer algum tipo de protesto ou manifestação, o que eu escreveria no meu cartaz?

    Por Claudia Weinman e Julia Saggioratto, para Desacato. info.

    Cada jovem escreveu em uma folha o que desejaria protestar, ou também, anunciar, caso a decisão coletiva fosse ocupar a rua no final de semana, nos dias 20 e 21 de agosto, ocasião em que a Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Pastoral da Juventude Rural (PJR), organizou mais um momento de formação, em São Miguel do Oeste, Santa Catarina. Participaram jovens que já estão organizados/as, outros que vieram pela primeira vez conhecer os trabalhos junto ao coletivo e também, jovens das terras do Contestado, que têm contribuído com a construção das lutas em Santa Catarina.

    Ao escreverem no papel as suas pautas, surgiram palavras em defesa da luta Feminista, contra a ideia de ‘escola sem partido’, pelo fim da violência contra mulheres, homens, juventudes pobres, em defesa de uma comunicação de libertação, contra o governo de Michel Temer e outros corruptos da história, em defesa da luta pela terra, pela agroecologia, pela destruição do sistema Capitalista, entre outras pautas. Cada jovem também falou sobre o que escreveu e o motivo que o levaria para a rua.

    As juventudes do campo e da cidade, dialogaram ainda sobre o que entendem por golpe, citando datas como 1822, 1930, 1937, 1888, 1889, 1964, 1500, períodos históricos que provocaram mudanças significativas na história das gentes. Jociani Pinheiro Hammes, militante da PJR, conduziu a prosa. Depois disso, as juventudes organizaram-se para oficinas de teatro, estêncil e percussão.

     Oficinas

    Pedro Pinheiro, e Maura Letícia Tesser, militantes do coletivo PJMP, PJR, apresentaram aos jovens o estêncil e a construção de cartazes, uma arte utilizada nas ruas por meio das palavras pichadas nas lâminas para expor as lutas do coletivo.

    ESTENCIL
    Oficina de Estêncil.

    Diego Bido, Fabiula Karla Fergutz e Alexandre Barbosa, puxaram os ritmos que os jovens seguiram batucando na percussão. Os instrumentos segundo eles, são utilizados pela juventude nas ruas para chamar a atenção para suas pautas e lutas, além de trazer à tona as histórias por detrás de cada instrumento e de cada ritmo.

    TEATRO
    Oficina de Teatro.

    Paulo Fortes, Wesley de Souza Padilha e Claudia Weinman, também construíram uma roda de conversa, onde as juventudes do Campo e da Cidade dialogaram sobre a necessidade de expressar as pautas nas ruas, apropriando-se de elementos trazidos por meio do teatro.

    PERCUSSÃO
    Oficina de Percussão.

    E assim, as juventudes do campo e da cidade, seguem organizando-se para a luta, para a construção do sonho coletivo, de liberdade, de dignidade para cada gente.

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