Vereadores aprovaram o parcelamento da Previdência Social do Município de Florianópolis, em sessão ordinária na quarta-feira 11 de maio. Isto é golpe contra os trabalhadores! O Projeto de Lei que autoriza o sétimo parcelamento entrou na pauta de última hora, no final da tarde anterior.
O projeto autoriza o parcelamento em até 60 meses do montante de aproximadamente R$ 30 milhões, correspondentes às contribuições previdenciárias devidas e não repassadas ao RPPS/Florianópolis, referente à parte patronal do 13º salário de 2015, janeiro, fevereiro e março de 2016 do Fundo Financeiro e os meses de novembro, dezembro e 13º salário de 2015, janeiro, fevereiro e março de 2016 do Fundo Previdenciário. Os Fundos Financeiro e Previdenciário são destinados ao pagamento das aposentadorias dos servidores municipais.
Dos 23 vereadores, estavam ausentes Célio João (PMDB), Edson Lemos (PSDB) e Jerônimo Alves (PRB). A votação foi apertada, com 10 votos favoráveis ao parcelamento contra dez. O presidente da CMF, Erádio Gonçalves desempatou com voto favorável ao parcelamento.
Reação da base
Na mesma sessão, entrou em pauta outro projeto de autoria do executivo que vai contra os trabalhadores, o PL 1.529 (leia mais sobre aqui: ). O projeto tentava acabar com o fundo Previdenciário (com dinheiro e 10 aposentados), jogando todos os trabalhadores no Financeiro (sem dinheiro pela parte não paga pela prefeitura e com 2500 aposentados).
A nossa categoria não se cala! Mesmo colocado na pauta em última hora, os trabalhadores fizeram barulho na sessão. Conseguimos barrar o projeto de lei com 13 votos contrários. Vitória da nossa organização!
Prefeito caloteiro, onde está nosso dinheiro?
A dívida é fruto da irresponsabilidade e má gestão da prefeitura. E quem paga a conta são os trabalhadores! E o dinheiro da Ave de Rapina, em que a maioria dos vereadores que votou à favor do parcelamento está metida no meio? E os maiores devedores do Município de Florianópolis – entre eles bancos, como o HSBC, o ITAÚ e o Banco Safra, grandes construtoras como a HANTEI e a ÁLAMO, comerciantes, hotéis como Costão do Santinho Turismo e Lazer, o Brava Empreendimentos Hoteleiros e o Jurerê Praia Hotel, shoppings, figuras públicas como políticos e alguns representantes da mídia catarinense, igrejas e empreendimentos imobiliários, como o Grupo Habitasul?
Não vamos deixar que coloquem a mão no dinheiro de nossa previdência e não esqueceremos os vereadores que votaram contra os trabalhadores!
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Fonte: Sintrasem.