Em assembleia geral realizada ontem (10/05) pela manhã, no auditório do Câmpus Florianópolis, os servidores do IFSC decidiram por 18 votos a 16, com duas abstenções, paralisar parcialmente suas atividades amanhã, quinta-feira, dia 12, em todos os câmpus do Instituto, como parte do calendário de lutas contra a aprovação do PLP 257/2016 e pelo cumprimento dos acordos assinados por algumas entidades dos SPFs com o governo.
A paralisação, com reuniões, discussões e debates sobre o PLP 257, deve ser organizada pelos representantes locais, de acordo com a realidade e as possibilidades de cada câmpus. O mais importante, segundo a decisão da assembleia, é garantir um processo de mobilização em todo o IFSC que permita conscientizar os servidores a respeito dos riscos que a aprovação do projeto representa para a categoria e o serviço público como um todo. Para auxiliar os servidores e os representantes locais nessa tarefa, a Seção disponibiliza, além da íntegra do PLP 257, uma análise do DIEESE que detalha ponto a ponto os prejuízos que a aprovação da matéria vai trazer aos servidores e o Boletim do Fonasefe, que fala especificamente das mobilizações nacionais contra o PLP.
Com a presença de cerca de 50 pessoas, entre sindicalizados e estudantes, a assembleia discutiu também a conjuntura política nacional e aprovou a participação da Seção Sindical em três atividades de mobilização do dia 10 de maio: na manifestação em frente à sede da FIESC, às 13h, em protesto contra o posicionamento da entidade em relação ao pedido de impeachment da presidente Dilma, na panfletagem na Avenida Mauro Ramos após a assembleia e no ato público do Largo da Alfândega, na capital, às 17h, em defesa da democracia.
O último ponto da assembleia, incluído na pauta no início dos trabalhos, discutiu o atendimento jurídico da Seção Sindical. Em resposta a questionamentos feitos por sindicalizados do câmpus Florianópolis, o Coordenador Geral Paulo Henrique O. Porto de Amorim esclareceu não houve atraso na elaboração da ata da assembleia geral do dia 11 de abril, que autorizou a Seção a entrar na Justiça com três novas ações coletivas, ao contrário do que, erroneamente, foi informado pela assessoria jurídica do Sindicato. Outro aspecto debatido foi a relação da assessoria com as Direções dos Câmpus. Diretores do Sindicato deixaram claro que os advogados da Seção atendem os sindicalizados, sobretudo através do plantão jurídico das quartas-feiras, e que as Direções de Câmpus “comprometidas com as lutas do Sindicato”, quando for o caso, devem enviar solicitação formal de atendimento à DSS para que sejam tomados dos devidos encaminhamentos. Ainda nesse sentido, foi destacado nas falas de sindicalizados que os câmpus precisam também exercer pressão institucional para que possam ser atendidos pela Assessoria Jurídica do IFSC, que deve servir a toda a instituição e não apenas à gestão da Reitoria.
As críticas e reivindicações em relação a esse ponto serão anotadas visando uma melhoria no processo de comunicação entre a Direção da Seção Sindical e os representantes locais.
Fonte: SINASEFE Seção Sindical IFSC
