Nenhum Centavo a mais!

    2016 chegou… e o aumento da tarifa também!

    Movimento Passe Livre – Florianópolis.

    O Prefeito Cesinha anunciou, nessa semana, um novo aumento na tarifa de ônibus da cidade, para R$ 3,50 – R$ 3,36 no cartão. O aumento começa no próximo dia 03, nesse domingo. O transporte coletivo, que não é público, mesmo sendo um direito, em nossa cidade é tratado como moeda de troca em alianças para manter os mesmos grupos no poder da cidade. Esse aumento, acima da inflação, não é só contratual, mas é a garantia de financiamento da campanha do nosso caro Cesinha nas próximas eleições.

    Esses grupos e o prefeito acreditam que Florianópolis deve ser a cidade dos ricos e automóveis: os projetos de habitação são quase inexistentes, os espaços comuns, como a Ponta do Coral, são esquecidos ou privatizados, e o descaso com a mobilidade urbana faz com que Florianópolis seja uma cidade cara para morar, privada para aproveitar e parada para andar.

    Nossa cidade é a capital que mais tem veículos por habitantes, a taxa é de 1 veiculo a cada 1,35 habitantes, e, justamente por priorizar os veículos frente à população que acidentes como a morte do jornalista Róger Bittencourt, às margens da SC-401, ocorrem. Florianópolis parece se esquecer que é feita por pessoas, não apenas por carros. Nossas ruas são abarrotadas de carros, nossos ônibus, cada vez mais escassos, pois são ruins e não compensam. Com esse aumento, o transporte coletivo será um dos principais gastos da família florianopolitana. Considerando um trabalhador que faça um único percurso de ida e volta, em um mês seu gasto com locomoção será de mais de 15% do novo valor do salário mínimo.

    A justificativa da prefeitura para esse aumento é a garantia dada na licitação do Consórcio Fênix, que prevê novos aumentos em todo mês de janeiro. Isso não é à toa, pois sabemos que em período de férias a população se dispersa e a articulação de uma resistência a esse aumento se torna difícil. É por que isso que todos devemos somar nossas forças, reconhecer-nos enquanto sujeitos essenciais nessa luta por um direito de todo mundo e barrar esse aumento! Sem uma organização nossa, os aumentos continuarão aparecendo a ponto de o sistema coletivo não ser mais uma opção para ninguém. As ruas são nossas e o direito de nos locomovermos entre elas é nosso também, sem ninguém lucrando por isso! Nesse ano, Cesinha, não vai ter arrego!

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