“Israel mantém atualmente 37 mulheres palestinas atrás das grades, denunciou o Club de Prisioneiros em um comunicado na terça-feira.
A organização destacou que a ativista Aya Khatib, mãe de dois filhos, é o caso mais recente até o momento, depois de ter sido presa enquanto cumpria uma sentença de quatro anos.
Natural da cidade de Arara, Khatib foi condenada por um tribunal por supostamente levantar fundos “para apoiar o terrorismo e repassá-los ao Movimento de Resistência Islâmica”, o que ela negou, alegando que o dinheiro era para as pessoas mais vulneráveis nos territórios ocupados.
O Club de Prisioneiros criticou “a decisão injusta contra ela” como parte da política de retaliação das autoridades israelenses contra o povo palestino.
De acordo com dados da Comissão para Assuntos de Prisioneiros e Ex-Presidiários, as forças de segurança israelenses prenderam mais de 17.000 mulheres palestinas desde 1967, quando Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.
A primeira mulher presa foi Fatima Barnawi, detida em 1967 e libertada 10 anos depois.
A Comissão observou que, nas últimas décadas, as mulheres palestinas têm se envolvido na luta contra a ocupação e denunciou que elas e as meninas são sistematicamente alvo dos crimes israelenses.
Durante sua prisão e interrogatório, elas também sofrem espancamentos, abusos e vários métodos de tortura, alertou. Nesse sentido, ela criticou as duras condições de vida que enfrentam nas prisões israelenses.
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