18 de setembro de 2013.

18 de setembro de 2013.

Ao momento de iniciar este editorial, recebemos a cópia de uma Carta Aberta à direção do grupo RBA de Comunicação, enviada pelos jornalistas do Pará. A importância da situação descrita pelos colegas daquele Estado nos obriga a mudar de pauta e voltar, como o fazemos constantemente, aos assuntos do jornalismo no Brasil.

Num país onde a liberdade de expressão está contaminada pela liberdade de empresa, e a liberdade de empresa significa a liberdade de uma dúzia de famílias para descomunicar-nos e maltratar seus trabalhadores; tal desastre só pode ser produto da omissão e o descompromisso social, político e ético das esferas dos três poderes, cada quem com sua parcela de culpa.

Os benefícios legais, econômicos e de uniformização cultural que: Executivo Nacional, Congresso da Nação e Judiciário concedem aos monopólios, fazem com que estes, de forma impune, tal o caso do Pará, se outorguem a liberdade de explorar, assediar, demitir e perseguir jornalistas à vontade e sem o menor risco de perdas de patrimônio, audiência e poder.

É evidente que Desacato.info não acredita nessas estruturas jornalísticas endossadas por poderes medievais, em todo o país, de hábitos repugnantes e aviltantes. Mas, também custa-nos acreditar nas estruturas organizacionais atuais que os trabalhadores da imprensa possuem e sustentam para sua defesa e suporte, (salvo em algumas exceções honrosas e raras).

Mudar o cenário dos jornalistas no Pará implica, já com o século XX bem avançado, na busca de outras respostas ante a agressão que monopólios e os poderes omissos exercem sobre jornalistas e população desinformada. Há que criar novas estruturas, resgatar o útil que as velhas acumularam e procurar apropriar-se legitimamente dessa máquina oriunda do latifúndio mediático e da verticalidade patronal, para que esteja a serviço de um novo jornalismo, livre e digno com novas formas de informar, para educar e formar uma nova sociedade.

 

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