12 filmes africanos que você precisa conhecer

Por Philippe Leão.

Uma vez queiramos praticar nossa soberania enquanto nação é importante que reconheçamos nossas matrizes culturais que moldam nossas relações sociais até hoje, sendo a africana uma das mais importantes, marginalizada em nossas terríveis pretensões em ligar-nos aos estadunidenses (nem mesmo aos nossos irmãos latinos reconhecemo-nos).

Portanto, para que, em primeiro lugar, reconheçamos nossas raízes afro, é de suma importância que se conheça sua história, suas narrativas, sua estética e sua arte, que tanto influenciou a nossa.

A Negra de…

A Negra de...

Direção: Ousmane Sembene
País: Senegal
Nome Original: La Noire de …

Uma imigrante senegalesa torna-se empregada doméstica de uma família burguesa de França e relembra com dor os eventos que a levaram até o antigo país colonizador.

Yeelen

yeelen

Direção: Souleymane Cissé
País: Mali
Nome Original: Yeelen

Dotado de poderes mágicos, um jovem parte em busca de seu tio para pedir ajuda em uma luta contra seu pai, um feiticeiro.

Touki Bouki

Touki Bouki

Direção: Djibril Diop Mambéty
País: Senegal
Nome Original: Touki Bouki

“Paris, Paris”, sussura Joséphine Baker na banda sonora. Através de um belo atalho, a canção introduz o assunto do filme, a estranha dupla atração/repulsa que exerce a “cidade das luzes” sobre a geração africana pós-independências: atração pela capital (as palavras), recusa da assimilação. Os dois protagonistas vivem à margem: em Dakar. Ao sabor da corrente tentam reunir por todos os meios (roubos, prostituição) o dinheiro que lhes permitirá chegar a Paris.

Moolaadé

Moolaadé

Direção: Ousmane Sembene
País: Senegal
Nome Original: Moolaadé

Numa aldeia africana, o costume da mutilação genital feminina, uma operação dolorosa, é temida por todas garotas. Seis delas devem passar pelo ritual num determinado dia. O pavor é tanto que duas afogam-se num poço. As outras quatro buscam a proteção de Collé, uma mulher que não permitiu que a filha fosse mutilada, invocando o “moolaadé” (proteção sagrada). Mas vários homens pressionam o marido de Collé para que retire a proteção, nem que para isso ele tenha de chicoteá-la.

Timbuktu

timbuktu

Direção: Abderrahmane Sissako
País: Mauritânia
Nome Original: Timbuktu

Julho de 2012, em uma pequena cidade no norte de Mali, controlada por extremistas religiosos. Uma família tem sua rotina alterada quando um pescador mata uma de suas vacas. Ao tirar satisfação sobre o ocorrido, Kidane (Ibrahim Ahmed dit Pino) acaba matando o tal pescador. Tal situação o coloca no alvo da facção religiosa, já que cometera um crime imperdoável.

Estação Central do Cairo

Estação do Cairo

Direção: Youssef Chahine
País: Egito
Nome Original: Bab El Hadid

Qinawi, um deficiente físico e vendedor ambulante, ganha a vida vendendo jornais na estação central de trem do Cairo e fica obcecado por Hannouma, uma jovem atraente que vende bebidas. Ela trata Qinawi com simpatia e brinca com ele sobre um possível relacionamento. Mas na realidade ela está apaixonada por Abu Serih, um carregador forte e respeitado na estação e que está lutando para sindicalizar seus colegas de trabalho em prol de combater a exploração e o tratamento abusivo que o chefe reserva a seus empregados.

Xala

xala

Direção: Ousmane Sembene
País: Senegal
Nome Original: Xala

Do cineasta senegalês Ousmane Sembene, Xala conta a história de um corrupto funcionário público, El Hadji, que casa-se com a sua terceira esposa usando fundos roubados. Quando El Hadji realiza seu casamento, descobre que foi almaldiçoado com a impotência, maldição essa conhecida como “xala”. O contexto histórico acontece depois da conquista da independência do Senegal, e há óbvios significados metafóricos para a impotência de El Hadji.

Yaaba

yaaba

Direção: Idrissa Ouedraogo
País: Burkina Faso
Nome Original: Yaaba

Bila, um menino de dez anos, observa a vida de sua aldeia More, na África. Ele faz amizade com uma anciã que a comunidade acusa de feitiçaria. Pouco a pouco, nasce uma cumplicidade entre eles.

Emitai

emitai

Direção: Ousmane Sembene
País: Senegal
Nome Original: Emitai

Em 1942, durante a Segunda Grande Guerra, em uma vila em Casamance no Senegal, os Diolas recusam a intervenção exterior. Uma parte dos homens da vila foi enviada à força para o front franco-alemão. O coronel Armand e seu exército colonial devem requisitar arroz para enviar às tropas. Na França, De Gaulle suscede Pétain, mas para a África nada mudou. Responsáveis pela colheita, as mulheres decidem resistir desta vez e esconder o arroz.

A Noite da Verdade

A Noite de Verdade

Direção: Fanta Régina Nacro
País: Burkina Faso
Nome Original: La nuit de la vérité

Após dez anos da guerra civil entre o exército governamental dos Nayaks, liderados por “O presidente”, e o rebeldes Bonandés, liderados pelo coronel Théo, há alguns sinais de negociações de paz. Mas nem todos são a favor disso.

Sankofa

sankofa

Direção: Haile Gerima
País: Burkina Faso; Gana
Nome Original: Sankofa

Um tortuoso regresso à época da escravidão do ponto de vista do povo africano.

Ceddo

ceddo

Direção: Ousmane Sembene
País: Senegal
Nome Original: Ceddo

Este filme documenta através de uma personagem feminina as incursões colonizadoras do Islão e da Europa na sociedade africana. Ceddo, talvez o filme mais ousado de toda a filmografia de Sembene, retrata a luta pela resistência da cultura e das tradições africanas.

Fonte: Cineplot.

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