Quis o destino que o maior atentado terrorista ocorrido em solo americano tivesse sido no mesmo 11 de setembro do golpe militar, apoiado pelos EUA, contra o presidente chileno legitimamente eleito Salvador Allende. Nestes últimos 18 anos, desde às torres gêmeas, não houve um aniversário sequer destes dois acontecimentos em que as datas não fossem lembradas, comparadas e discutidas.
O governo do general Augusto Pinochet se arrastou de 1973 até 1990, com mais de 80 000 pessoas sendo presas e outras 30 000 torturadas. Segundo números oficiais, mais de três mil pessoas foram assassinadas.
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Por diversas vezes, o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) manifestou admiração pelo general Pinochet. Na semana passada, ele defendeu mais uma vez o golpe chileno. Não bastasse isto, ainda atacou o pai de Michelle Bachelet – ex-presidenta do Chile e alta comissária da ONU de direitos humanos – ao dizer: “se esquece de que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas estava seu pai, brigadeiro à época”.
A declaração rendeu manifestações contrárias de todo o espectro político chileno. A centro-esquerda repudiou em bloco as declarações do presidente do Brasil: “Isso só mostra o quanto é miserável”, disse a senadora socialista Isabel Allende, filha do presidente Salvador Allende (1970-1973). Enquanto isso, o atual presidente, Sebastián Piñera, de direita, indicou através de uma declaração pública que não compartilha “em absoluto a alusão feita pelo presidente Bolsonaro a uma ex-presidenta do Chile e, especialmente, num um assunto tão doloroso quanto a morte de seu pai”.
O atentado às torres gêmeas, ocorrido em 2001 e assumido pelo grupo terrorista al-Qaeda, matou de uma só vez quase três mil pessoas. Não há, no campo da esquerda democrática de nenhuma parte do planeta, inclusive no Brasil, quem o defenda.
Veja os comentários abaixo:
Minhas homenagens ao estadista Salvador Allende. Neste 11 de setembro, há 46 anos, golpistas rasgaram a Constituição, mataram Allende e a democracia no Chile, país-irmão do Brasil. pic.twitter.com/gghXhRbSSW
— Flávio Dino ?? (@FlavioDino) September 11, 2019
Queremos um futuro digno, independente e soberano
Salvador Allende #Resistencia #LulaLivre
(Foto: Allende e Neruda – Fundação Allende) pic.twitter.com/bY6I1mJAFc
— Silvio Nobre ???? (@Silvio_Nobre_) September 11, 2019
Há 46 anos, um golpe militar covarde e violento no Chile derrubava o governo popular de Salvador Allende, que resistiu e só foi tirado morto do palácio presidencial.
Se Bolsonaro exalta ditadores, ficamos do lado da bravura de Allende e do povo chileno. Venceremos! #11deSetembro
— PSOL 50 (@psol50) September 11, 2019
“Long live Chile! Long live the people! Long live the workers!” – Salvador Allende 26 June 1908 – 11 September 1973 #Chile #Allendehttps://t.co/Y0s8Qtxf6R pic.twitter.com/VA9m1LKvf2
— theleftchapter (@theleftchapter) September 11, 2019
#11deSetembro
Dia de lembrar o golpe direitista e genocida no Chile
E também lembrar do erro que Salvador Allende cometeu ao desarmar a resistencia pouco tempo antes do golpe.Povo desarmado povo derrotado. pic.twitter.com/xMZUp3B2DN
— JFS New Paradigma – Guevarinha (@NEWPARADIGMA5) September 11, 2019
Salvador Allende sempre present, sempre viu.? #AllendeVive pic.twitter.com/g9pZUI06l4
— JSC Terrassa/?? (@jscterrassa) September 11, 2019