10 frases de efeito de Pazuello na CPI

    Eduardo Pazuello diz que não foi alertado pelo governo do Amazonas sobre crise do oxigênio. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

    A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia de Covid-19 começou a ouvir o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello nesta quarta-feira (19). A sessão precisou ser interrompida por conta da ordem do dia no plenário do Senado Federal e retorna nesta quinta-feira (20), às 9h30.

    No primeiro dia de oitivas, o militar atribuiu a criação do aplicativo TrateCov à secretária Mayra Pinheiro; disse que as cinco cláusulas apresentadas pela farmacêutica Pfizer, em 2020, eram “assustadoras”; afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nunca pediu para “desfazer” contrato com o Instituto Butantan e relatou que o chefe do Executivo nunca lhe deu ordens diretas “para nada”.

    Confira dez falas de Pazuello durante o primeiro dia de CPI com o militar:

    “Sobre gestão e liderança, acredito que seria perguntar se a chuva molha perguntar se um oficial general tem competência de gestão e liderança. Se não tivermos, tem que começar do zero nossa instituição(…) Me considero, sim senhor, plenamente apto a exercer o cargo de Ministro da Saúde e lembro que tivemos, nas últimas duas décadas, quatro, cinco ou seis ministros que não têm absolutamente nada com ligação da Saúde.”

    “Não senhor, eu não recomendei o uso da hidroxicloroquina nenhuma vez. [A nota informativa] não recomenda. Ela faz um alerta. Ela apenas orienta doses seguras caso o médico prescreva. Isso não é uma recomendação e nem um protocolo.”

    “Nunca o presidente [Jair Bolsonaro] mandou eu desfazer qualquer contrato com o Butantan. Nenhuma vez.”

    “Quando tivemos a primeira proposta oficial da Pfizer (…) naquele momento, a oferta vinha com 5 cláusulas que, para mim, eram assustadoras, na época.”

    “A OMS e a Opas estavam presentes diariamente conosco no Ministério, mas eles não impõem nada para nós. Não somos obrigados a seguir nenhum tipo de orientação, como soberanos.”

    “Nós apoiamos todas as medidas que eles [governadores] tomaram. Se um governador, independente da visão ideológica, achava que precisava desta medida [restritiva], eu apoiava no que ele precisava. Eu via as ações acontecendo e cabia a mim, naquele momento, apoiá-los de forma plena em qualquer situação.”

    “Vi e vivi o impacto somatório de dois fatores: o surgimento de uma nova e mais agressiva variante do vírus e o colapso da rede de Manaus, que resultou em milhares de mortes em curto espaço de tempo.”

    “Sobre o uso de um medicamento [cloroquina], não acho que a solução ou a causa de mortos seja por conta do uso ou não da cloroquina. Isso não é um fator decisivo.”

    “Nunca me chegou essa oferta [de um avião cargueiro dos EUA para transporte de oxigênio para Manaus] para que eu aceitasse ou não. Nunca foi de doação de avião, teria que ser contratado, não tenho esse dado para garantir. Queria avião de qualquer lugar.”

    “Acredito que a relação com o presidente poderia ser maior ainda, mas os cargos e agendas são complicadas. Eu o via uma vez por semana ou a cada duas semanas. Se pudesse voltar atrás, teria ido mais vezes conversar com ele.”

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