Roberto Leher acredita que a Auditoria Cidadã vai ter mais visibilidade

Por Ana Carolina Peplau Madeira, de Florianópolis, para Desacato.info.

A Associação dos Pós-Graduandos da UFSC organizou ontem, dia 24 de maio, a Aula Magna, ministrada pelo atual reitor da UFRJ, Doutor Roberto Leher sobre “Produção de Ciência, Tecnologia e a Soberania Nacional”. O auditório do Espaço Físico Integrado (EFI), na UFSC ficou lotado das 14h às 17h, onde ocorreu lançamento de livro, palestra e debate.

No evento, foi questionada a opinião do professor e doutor sobre a Auditoria Cidadã da Dívida e ele respondeu que acredita que irá aparecer mais. Comentou como é interessante o gráfico pizza que demonstra cerca de metade do orçamento geral da União sendo utilizada para pagamento e amortização de dívida pública. Citou que uma parte pequena do gráfico é destinado à seguridade e que por este motivo os políticos preferem atacar a Previdência Social. Acrescentou que na Previdência sobra dinheiro.

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Titular da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRJ, o professor Roberto Leher tem mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP). Falou prioritariamente sobre o papel das universidades públicas e do contexto político atual. Relembrou que o atual ministro da Educação, Mendonça Filho, em sua primeira declaração pública, falou sem constrangimento que as universidades têm que ser pagas.

Alertou para o perigo do setor produtivo dirigir as pautas das universidades. Para ele, essa forma utilitarista de pensamento limitará a produção científica, “poderemos perder muito”. “No Brasil, hoje, em escala, não temos setores da burguesia que defendem a universidade pulsante, capaz de produzir conhecimento”, declarou Leher. Na sua opinião, o país precisa de universidades públicas, sem interferência política e espaço para pesquisa pulsante.

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Sobre os diversos movimentos estudantis e sociais, ponderou que é necessária a unidade de ações para avançarem as pautas comuns. Disse também que os movimentos de articulação são imprescindíveis. “A universidade como instituição tem vocação universal. Temos que superar os particularismos. Não podemos buscar conhecimentos de demandas particulares, por isso devemos trabalhar com muito cuidado o que é ciência e tecnologia do que é pesquisa e desenvolvimento”, concluiu o doutor.

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