Quando enfrentaremos o tabu chamado SUICÍDIO?

suicídio

Por Lula Lopes.

A tristeza é um sentimento humano que expressa desânimo ou frustação. Muitas vezes acarretada pela perda de algo ou alguém. A tristeza também é considerada como um dos principais sintomas da depressão. No entanto, é possível ter depressão e não estar triste?

Luciana, uma mulher linda, saudável, sorridente, sagaz, inteligente e sensível, uma profissional que levava a vida com muita garra, cheia de vigor e alegria, estava sempre pronta pra perguntar sobre o outro e pronta para ouvir. Mas algo se passava sem quem nós os amigos pudéssemos perceber. Ela não deixou transparecer qualquer sintoma de tristeza e/ou depressão.

Neste sábado acordamos com a notícia de que Luciana tinha se jogado do terraço do prédio onde morava os seus pais. Mãe de gêmeos não aparentava passar por nenhum grande problema.

Luciana se foi…

Ficou a pergunta entre todos que a amavam: Qual o motivo pra tanta dor? E os filhos… Os pais?

O “Suicídio” é um tabu pra todos: A imprensa acha melhor não divulgar os números e nem discutir o assunto, achando erroneamente, que se abordá-lo o vai incentivar a prática. Entre os amigos e familiares o assunto é delicado por envolver afeto. E o que podemos fazer pra enfrentar esse assunto?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 804 mil pessoas se matam todos os anos e o Brasil é o oitavo país com o maior número de casos. O relatório da OMS aponta que em países desenvolvidos a prática tem maior relação com desordens mentais provocadas principalmente por abuso de álcool e drogas e/ou depressão. Em nações mais carentes, no entanto, as principais causas são estresse e pressão, derivados de problemas socioeconômicos.

Em época de “não assumir”. Não assumimos os nossos medos, anseios, vergonhas, fracassos ou fragilidades, infelizmente não assumimos nem a nossa sexualidade. É melhor demonstrar somente alegria e um sucesso progressivo, um rosto sem rugas, uma vida sem problemas.

Está na hora de discutirmos o assunto à luz do dia. É nossa obrigação lutar contra esse estigma e esse tabu. Podemos enfrentar o assunto e evitarmos que mais “Lucianas” se joguem de seus terraços.

Fonte: FB do Lula Lopes.

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