Projeto Corpo, Tempo e Movimento: “S/Título” e “Greta” tem Diana

dança

Reinvenções de esconderijos e segredos.

No dia 27 de junho, “S/Título” e “Greta” têm Diana

Gilardenghi e Sandra Meyer em interpretação solo.

Criação e concepção coletiva de Diana Gilardenghi, Milene Duenha, Paloma Bianchi e Sandra Meyer, o projeto Corpo, Tempo e Movimento, que tem a chancela do Edital Elisabete Anderle/2014, realiza mais duas das seis ações previstas. No próximo dia 27, com início às 19h30, no Memorial Meyer Filho, o público poderá apreciar a interpretação solo de Diana Gilardenghi e Sandra Meyer, que aproximam poéticas vasculhando seus corpos e lembranças.

A ação quatro, “S/Título”, tem Sandra Meyer revisitando a memória e os procedimentos do pai, o consagrado artista Meyer Filho (1919-1991), muitas vezes lembrado como o Pintor dos Galos. Apaixonado pela própria produção, ele fazia questão de fotografar a família ao lado de suas telas, uma das recordações da infância e juventude que permeia a coreografia que resulta no desenho de linhas, volumes e formas. O corpo não é uma tela em branco, o espaço não é um vazio, asseguram as pesquisadoras do projeto, certas de que o gesto temporário da dança é o traço que desaparece em ato. “O que é familiar, que afetos nos compõem”, indagam elas.

O foco é outro em “Greta”, a ação cinco e o solo de Diana Gilardenghi. O que se quer agora é a ativação dos órgãos, a materialização de um pequeno universo em que o corpo é memória de um sem tempo. Investigam o labirinto, o esconderijo de marcas que se revelam como segredo. Depois da ação quatro, o público é convidado a fazer um breve percurso até o fim da rua Tiradentes, onde a intérprete ocupa um prédio abandonado para discutir o inumano, as relações possíveis entre o tempo e o espaço, o ambiente interno e externo, o corpo e a cidade.

O projeto se desdobra em percursos e evocações da vida pessoal íntima de duas bailarinas nascidas em 1957, das experiências coletivas, das contradições da urbe cercada pelo mar. No fluxo urbano, quais as memórias e quais afetos vividos nesse lugar, indagam as pesquisadoras. A dança, informam as articuladoras Milene e Paloma, se apresenta como impulso que presentifica um espaço-tempo. “O processo criativo busca uma articulação de temas, de sensações e de movimentos, em relação aos ambientes, faz com que as ações sejam entrecortadas e afetadas pelo meio em que estão inseridas em espaços inscritos em si, marcados em sua própria estrutura, com vestígios de tempo e de memória. Trabalhar sobre a própria materialidade espacial, sem ficcionalizá-la ou manipulá-la, promove uma ação que se inclui como uma infiltração sobre o ambiente, transformando e sendo transformado por ele”, esclarecem.

FICHA TÉCNICA

Artistas: Diana Gilardenghi e Sandra Meyer

Articuladoras/interlocutoras: Milene Duenha e Paloma Bianchi

Criação e concepção: Diana Gilardenghi, Milene Duenha, Paloma Bianchi, Sandra Meyer

Produção executiva: Gabriel Campos

Figurinista: Alice Assal

Assessoria de Imprensa: Néri Pedroso

dança 5

dança 4

dança 3

dança 2

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