Polícia equatoriana prende governadora de oposição. Paola Pabón transmite prisão ao vivo em sua própria casa

Por Marco Weissheimer.

A polícia nacional equatoriana deteve, na manhã desta segunda-feira (14), Paola Pabón, governadora da província de Pichincha, localizada no norte do país. Advogada e professora de Políticas Públicas, Paola Pabón participou do governo de Rafael Correa como Secretaria Nacional de Gestão da Política e integra hoje o Movimento Revolución Ciudadana (MRC), de oposição ao governo de Lenín Moreno.

Os policiais entraram na casa da governadora no início da manhã com uma ordem de detenção. Uma assessora de Paola Pabón conseguiu transmitir toda a ação policial ao vivo pelo Facebook (ver vídeos abaixo). A governadora denunciou a invasão de sua residência, com uso de violência, por parte da polícia. Homens fortemente armados, de uma tropa especial das forças de segurança do governo equatoriano, entraram na residência de Paola Pabón para detê-la, sob a acusação de que ela teria mandado bloquear estradas com caminhões durante os protestos. Durante toda a ação, ela denunciou a violação de direitos praticada pelos policiais e militares e classificou a ação como mais um ato de perseguição política praticado pelo governo de Lenín Moreno contra seus opositores. Paola Pabón negou a acusação.

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Os vídeos publicado na página de Paola Pabón mostra os policiais tentando pegar o telefone da assessora e interromper a transmissão. Já do lado de fora da casa, um policial retira o telefone à força da assessora.

Paola Pabón concedeu entrevista ao Sul21 neste sábado (13), quando denunciou uma série de violações de direitos humanos que estariam sendo cometidas pelo governo de Lenín Moreno contra os manifestantes que se rebelaram em todo o país contra um decreto acordado pelo governo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), prevendo, entre outras medidas, um aumento de mais de 100% no preço dos combustíveis.No final de semana, após uma rodada de negociações, o governo anunciou que suspenderia o decreto. No entanto, segundo lideres opositores, a repressão e a perseguição a lideres opositores continua.


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