Paraguai busca apoio na Colômbia para deter luta armada

Por Elaine Tavares.

Conforme notícias do próprio governo paraguaio, divulgadas em vídeo no jornal Diario Hoy, um grupo de policiais e militares iniciou um trabalho de treinamento para combater os chamados grupos “terroristas” no Paraguai. E o que eles chamam de terroristas são as organizações que hoje optaram pela luta armada no país, na luta pela reforma agrária.

Com essa parceria entre Paraguai e governo colombiano, os militares paraguaios recebem aulas de instrutores da Policia Nacional da República da Colômbia, forjados no combate às FARC.

O grupo de 36 pessoas ( 26 policiais e 10 militares de infantaria) está sendo formado por forças colombianas em operações de alto risco e tem como missão combater os grupos armados que atuam no norte do país. O treinamento foi realizado na sede da Força de Operações Policiais Especiais da Polícia Nacional (FOPE), e a chegada dos alunos foi acompanhada pelo presidente da República, Horacio Cartes, e pelo Ministro do Interior, Francisco de Vargas.

O treinamento inclui táticas e técnicas de combate rural diurnos e noturnos, e são feitos em terrenos bem parecidos com o que vão encontrar no embate contra os grupos armados que fazem o combate ao governo paraguaio, como o Exército do Povo Paraguaio (EPP) e a Agrupação Campesina Armada (ACA).

O Exércityo do Povo Paraguaio formou-se em março de 2008 e é um grupo armado que mobiliza hoje mais de 500 pessoas. Eles atuam em pequenos grupos e realizam ações como sequestros de fazendeiros, ataques a postos do exército e atentados a fazendas de latifundiários e empresas agrícolas que realizam fumigações, consideradas, por eles, criminosas. Na região noroeste, onde está fixado, conta com o apoio dos moradores e tem crescido no número de adeptos uma vez que o estado não é capaz de resolver os dramas da maioria da população, principalmente a que vive no campo. 

O EPP foi bastante crítico também do governo do ex-presidente Fernando Lugo pois, segundo seus dirigentes, ele não se desvencilhara da oligarquia local e não avançava na reforma agrária.

No ano passado houve uma divisão dentro dos quadros do EPP e foi aí que surgiu a Associação Campesina Armada (ACA). Hoje, os dois grupos são considerados criminosos pelos estado paraguaio e é justamente por isso que o governo foi buscar o conhecimento dos oficiais colombianos para dar combate a eles. 

Veja o vídeo divulgado pelo Jornal Diario Hoy

Com informações do Resumem Latinoamericano

Foto: Reprodução/IELA

Fonte: IELA

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