“Ocupamos as ruas em Santa Catarina em nome de um projeto e não de um partido”

Por Claudia Weinman, para Desacato. Info. 

Pelo menos três pontos tiveram barreira no estado Catarinense no dia de hoje, terça-feira, 10 de maio. No trevo de Irani, na ponte do Goio-ên e também no entroncamento da BR-282 com a 158, sentido Rio Grande do Sul. A mobilização iniciou logo cedo. Camponeses e camponesas, operários e operárias que não suportam esse sistema capitalista, que sentem a retirada de direitos históricos e que lutam em nome de um projeto, não de um partido, ocuparam o seu espaço.

DSC_0084

Embora a compreensão de que o povo na rua representa a classe trabalhadora explorada que quer viver, que deseja dignidade para os povos do Brasil, da América Latina e do Mundo, não seja predominante na sociedade, o dia de hoje representou resistência, simbolizou um alerta ainda maior de gentes que estão articuladas para derrubada desse projeto golpista que já afeta todos e todas.

DSC_0157

‘Fazer a junção da classe trabalhadora explorada nas ruas para transformar’. Nessa fala, um dos membros da coordenação da mobilização, Jonas Ansolin (Fetraf), salientou a importância do ato. “Nossa democracia, tão jovem, sofre um grande golpe. Por isso temos a tarefa de fortalecer nossas alianças, fixar a Frente Brasil Popular nas ruas e garantir a nossa denúncia ao golpe”.

No entroncamento da BR-282 com a 158, mais de 400 pessoas repudiaram a imprensa local e nacional, as quais, acompanham às mobilizações na intenção exclusiva de fortalecer o imaginário coletivo refletido em ódio fascista. Nomes de Deputados e Senadores como Paulo Bauer (PSDB), Valdir Colatto (PMDB), Celso Maldaner (PMDB), Dário Berger (PMDB), Dalirio Beber (PSDB) e João Rodrigues (PSD), também foram evidenciados no chão da rodovia em sinal de protesto e repúdio. Muitos desses deputados atuam contra os povos indígenas, e outras lutas das organizações populares.

DSC_0188

A militante do Movimentos dos trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Irma Brunetto, salientou ainda que além da mobilização feita no dia de hoje, as organizações seguirão articulando-se, especialmente nas bases. “Vamos continuar sonhando e construindo a sociedade que nós queremos. Essa mídia golpista não vai nos vencer, vamos fortalecer o nosso trabalho de base”.

DSC_0127

“Não é em nome de um partido, mas de um projeto”.

A Militante da Pastoral da Juventude Rural (PJR) e Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), Jociani Pinheiro, destacou ainda que ás organizações nas ruas simbolizam um projeto e não um partido, como a imprensa golpista trata. “Como Via Campesina lutamos por um projeto para o campo, como operários\as lutamos por um projeto de cidade, para que tenhamos dignidade, vida, direitos garantidos,  especialmente para os empobrecidos que estão sendo perseguidos e mortos em toda a nossa América Latina”.

Jociani finalizou dizendo que a luta “Não é em nome de um partido, mas de um projeto”. Um projeto onde não mais haverá espaço para os latifundiários, onde não haverá desigualdade, indiferença com os povos sofridos. Nesse, a burguesia irá cair e a classe trabalhadora explorada enfim, será livre para viver, sonhar, ser feliz do seu jeito e não como o sistema quer que seja. A luta continua.

REPÚDIO

Motorista tenta atropelar militantes

A organização do ato de mobilização desta terça-feira, denuncia a ação de um motorista que desrespeitou as barreiras feitas  pelas pessoas que estavam repudiando o golpe na rua. A militância percebe esse tipo de ação como algo que parte de um pensamento Fascista, que carrega ódio evidenciado na tentativa intencional de ferir as pessoas que estavam nas ruas lutando pelos seus direitos. Concretamente, a coordenação do ato deve avaliar o fato e colher as provas para responsabilizar o motorista do carro que colocou em risco a vida dos militantes.

 

 

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.