Movimentos do Campo realizam seminário unitário em Goiás

Por Zelito Silva.

“As resoluções do encontro, além de apresentarem sugestões para reforma agrária, apontam uma série de mobilizações para o início do ano de 2013, nos estados e em nível nacional de forma combinada e unitária”

Goiânia, 21 de outubro de 2012.

Movimentos do campo de Goiás realizaram um seminário neste dia 18 de outubro onde avaliaram os encaminhamentos do Encontro Nacional Unitário de Trabalhadores e trabalhadoras, povos do campo das águas e das florestas que ocorreu na cidade de Brasília em agosto deste ano. Os movimentos avaliaram como positiva a realização do encontro camponês e dos povos do campo após 50 anos da realização do Congresso Nacional de Lavradores e Trabalhadores Agrícolas que ocorreu em Belo Horizonte.

Governo Dilma Rouseff abandonou a Reforma Agrária em favor do agronegócio, reduzindo o orçamento, não realizando novos concursos para recompor o quadro de servidores do Incra, deixando as Superintendências completamente abandonadas. Parou completamente a obtenção de terras e os imóveis que já têm decreto de desapropriação estão prescrevendo por falta de pagamento.

O Governo não responde às propostas apresentada pelos movimentos. Logo após o encontro de Brasília os participantes entregaram as resoluções ao Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, com cerca de dez mil pessoas entre camponeses e servidores públicos que marcharam até o Palácio do Planalto para cobrar da Presidente Dilma a Reforma Agrária. Até o momento nenhuma medida foi tomada.

As resoluções do encontro, além de apresentarem sugestões para reforma agrária, apontam uma série de mobilizações para o início do ano de 2013, nos estados e em nível nacional de forma combinada e unitária. Os movimentos do campo com representação em Goiás definiram um calendário de ações para o primeiro semestre para cobrar do Governo Federal e também do Governo Estadual a retomada da reforma agrária.

A avaliação dos movimentos é necessária para unidade na luta, pois o governo impôs o seu projeto neoliberal que privilegia os banqueiros e o latifúndio. Se não houver uma reação conjunta e forte a Reforma Agrária sairá definitivamente da pauta.

* Coordenação Estadual do Terra Livre GO.

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