Marcha dos “Filhos do Contestado” em Timbó Grande

No dia 7 de setembro as fileiras do MST marcharam pela cidade de  Timbó Grande, em um ato pela reforma agraria e contra o agronegócio durante a parada oficial de 7 de setembro. Com foices, enxadas, facões, faixas, musicas, palavras de ordem e um manisfesto contra o agronegócio. Representado principalmente pelo cultivo de pinos e eucalipto que esta criando desertos verdes por todo o país,  sendo a principal atividade  da região com a presença do capital internacional como a Cem anos atras quando da guerra do contestado que teve a região de Timbó Grande como palco das principais batalhas. E onde a luta pela conquista da terra continua nos dias atuais.

Manifesto

Representado pelo Acampamento Filhos do Contestado, que desde 07 de junho ocupa uma área de 254 hectares que a empresa estrangeira Terra Master detém em nosso município, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está organizado em 23 estados e no distrito federal. Nestes 28 anos de existência, lutas e conquistas, já foram assentadas 380 mil famílias em todo o Brasil, sendo 6 mil em Santa Catarina.

A educação sempre foi uma prioridade para o MST. Hoje são milhares de escolas itinerantes em acampamentos e assentamentos de todo o país, escolas técnicas de agroecologia, escolas de nível médio, nas áreas da saúde e da educação no campo. O MST tem convênios com mais de 40 universidades, no Brasil e em outros países da América Latina, oferecendo para os camponeses e seus filhos e filhas cursos de História, Filosofia, Direito, Jornalismo, Agronomia, Medicina, Veterinária e outros. Entendemos que a conquista de uma vida digna para o povo brasileiro passa pela transformação desta sociedade que nos oprime e explora, e a educação é nossa parceira fundamental nessa luta.

Outra marca principal do MST é a produção de alimentos saudáveis, livres dos venenos que tantas doenças trazem ao povo. Junto com os agricultores familiares, somos responsáveis por 70% de toda comida que chega à mesa dos brasileiros.

Por fim, reafirmamos nosso repúdio e indignação contra aqueles que usam a terra para negócio, o chamado agronegócio, que tem na região de Timbó Grande o pínus como seu principal produto. Pínus não se come, o cultivo de pínus explora as pessoas e destrói a natureza.

MST, a luta é pra valer!

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