Manifestantes invadem o Setuf e reivindicam redução da tarifa em Florianópolis

Manifestantes ocuparam o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Grande Florianópolis (Setuf) no Terminal do Integração do Centro (Ticen) no final da manhã desta quinta-feira (4). A reivindicação é a redução da tarifa de transporte da Capital.

Cerca de 60 manifestantes entraram no estabelecimento por volta das 11h30, na ala do transporte municipal. Uma faixa reivindicando a redução da tarifa foi colocada em frente à ala intermunicipal do sindicato que está fechada, para evitar o acesso das pessoas. As máquinas e computadores do espaço foram retiradas e entregues aos funcionários, que as guardaram numa sala separada para garantir que não houvesse depredação aos equipamentos.

Ilse Silva/Divulgação/ND

Ilse Silva/Divulgação/ND

Cerca de 60 manifestantes tumultuam a sede municipal do Setuf 

Em nota oficial, a Frente de Luta pelo Transporte Público informou que após duas semanas de atos que reuniram milhares de pessoas na Capital sem retorno da prefeitura e do poder público sobre as reivindicações, eles resolveram parar a sede do sindicato. “Ocupamos o Setuf por que nos negamos a continuar reféns destas empresas que exploram um serviço que deveria ser público e atender aos interesses da população, ao invés desta mais dúzia de empresários que lucram com nossos deslocamentos diários”, diz a nota.

A Polícia Militar já esta no local e tenta uma negociação com os manifestantes, que permanecem dentro do edifício e produzem cartazes convidando a população para participar do ato. “A ideia é ajudar a população a conseguir a tarifa zero, porque o transporte é um bem essencial como qualquer outro”, explica Simara Pereira, integrante do Movimento Passe Livre (MPL) e da Frente de Luta Pelo Transporte Público. “As pessoas podem achar que estamos atrapalhando quem quer comprar passagem, mas estamos trabalhando para que elas não precisem mais fazer isso”.

Divulgação/Frente de Luta Pelo Transporte

Divulgação/Frente de Luta Pelo Transporte

Polícia Militar já esta no local e tenta uma negociação com os manifestantes 

A professora Maria Goreti Antônio, de 50 anos, ficou revoltada e discorda da ocupação. “Eles não podem impedir as pessoas de recarregarem os cartões”, afirma a professora, que afirma ter faltado ao trabalho para comprar passagem e que agora não tem como justificar. “Tenho o meu direito de ir e vir. Eles podem fazer manifestação, mas não podem me impedir de recarregar o meu cartão de ônibus”.

Para as 16h desta quinta está programado um novo ato com origem nas proximidades do Ticen, encabeçado pela Frente de Luta Pelo Transporte Público e pelo Movimento Passe Livre. Para mais tarde, os integrantes planejam também um “catracaço”, abrindo as catracas do terminal para a população. “Convidamos também o prefeito para ver como funciona a catraca livre, já que ele afirmou que é o sonho dele implementar isso em Florianópolis”, ironiza Simara Pereira. 

Para o secretário de Comunicação Social da prefeitura, João Cavallazzi, o movimento tem cunho partidário, é pequeno e não representa a opinião da maioria da população. “Este movimento está sendo orquestrado por um grupo de políticos que perdeu a eleição anterior”, afirma. “A catraca livre pode ser o sonho do prefeito, realmente, mas não é viável. Eles estão atrapalhando as pessoas que querem comprar passagens”. Cavallazzi ainda ressalta que não houve aumento de passagem na Capital neste ano, por isso não deverá haver diminuição dos valores.

 Com informações da repórter Roberta Kremer.

Fonte: http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/84282-manifestantes-invadem-o-setuf-e-reivindicam-reduca-da-tarifa-em-florianopolis.html

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