Mais que catadores de lixo, eles são agentes ambientais

thumb_plasacre_foto_sergio_vale_45Por Elisabeth Rayle Bortucan Lenza.*

No Brasil, há uma grande parcela da população economicamente ativa, que não possue carteira assinada, mas que vê no trabalho informal uma forma de sobrevivência.

Muitos brasileiros viram nos lixões, por meio da separação de materiais reciclados, uma forma de sustento. E isso demonstra a desigualdade social latente, já que há um alto grau de exclusão da sociedade, que se vê obrigada a trabalhar várias horas por dia e em condições insalubres para sobreviver.

Diante disso, verifica-se, nos últimos anos, o surgimento de cooperativas populares de catadores e selecionadores de lixo, que possibilitam a geração de renda e a redução do impacto ambiental do lixo urbano. Esse fenômeno, inicialmente, era limitado às grandes cidades, mas tem-se expandido por pequenas cidades brasileiras, que também enfrentam dificuldades com a destinação dos resíduos e a crescente exclusão social, (ZEN et. al., 2010, p. 39 ).

As associações de catadores de lixo reciclável têm se mostrado excelente alternativa para problema do volume excessivo de lixo gerado pelo consumismo da sociedade moderna. Estas são organizadas para o desenvolvimento do trabalho de despoluição das cidades mediante a coleta seletiva de materiais recicláveis como alumínio, papelão, plástico e vidro. Os hábitos de consumo excessivo e o crescimento demográfico são alguns dos fatores que contribuem para a produção de lixo em todo o mundo e contribui para a degradação do meio ambiente, tornando-se necessária a implantação de medidas que contribuam para redução do ritmo do processo de deterioração ambiental. (TEXEIRA; MALHEIROS, 2004, p.3).

Portanto, é necessário que as prefeituras desenvolvam projetos promovendo o reconhecimento do Catador de materiais para a reciclagem, como um profissional. Não como um indivíduo que separa o lixo, e sim como aquele que desenvolve o seu trabalho em prol da sociedade, assumindo a função de um educador ambiental, e demonstrando sua responsabilidade social, ambiental e econômica.

Referências Bibliográficas

TEIXEIRA, M.; MALHEIROS, T. M. M. Cooperativas de catadores de lixo; um processo de inclusão social. 2004. I Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, Associação Educacional Dom Bosco. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/artigos04/140_ARTIGO%20CATADORES%20DE%20LIXO%202.pdf. Acesso em: 27 nov. 2011.

ZEN, A. C.; BOLZAN, T. S.; ZUCATTO, L. C. Cooperativa Popular de Catadores de Lixo Urbano e o desenvolvimento sustentável de pequenos municípios: um estudo de caso da CALIXO. Porto Alegre, ano7, n.8, p. 37-62, 2010. Gestão Contemporânea. Disponível em: http://seer2.fapa.com.br/index.php/arquivo/article/viewFile/60/31. Acesso em: 27 nov. 2011.

Foto: Sérgio Vale/Secom

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