Fórum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos

Dr.RubensOnofre Nodari UFSC

Os riscos provocados pelos organismos transgênicos na alimentação humana vêm causando acentuada preocupação na comunidade científica e alterando de forma significativa os hábitos dos consumidores mais conscientes a respeito dos ingredientes das suas refeições diárias. O temor não é injustificado, revela o Dr. Robin Mesnage, pesquisador francês do Departamento de Genética Médica e Molecular do King’s College, de Londres, que irá proferir palestra no dia 7 de abril, às 9h, no auditório da sede do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), com tradução simultânea para até 150 participantes.

Dr. Robin Mesnage

“O glifosato é mais tóxico do que você pensa” 2016/04/02, diz Robin Mesnages, Doutor em Biologia na Faculdade de King’s Colege, está de visita na Suíça para uma série de palestras. Reunião à margem da apresentação de 25,340 assinaturas arquivados 04 de fevereiro aos serviços do Parlamento em Berna.

A conferência “Efeitos potenciais na saúde humana de plantas transgênicas e de seus agrotóxicos associados” (Potential health effects of GM plants and their associated pesticides) é organizada pelo Fórum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos (FCCIAT), em parceria com o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do MPSC.

Um dos focos das pesquisas de Mesnage é o agrotóxico glifosato, líder mundial em vendas e uso em larga escala na agricultura, que foi considerado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) e pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) como “provável agente carcinogênico”. O pesquisador é coautor com o Professor Gilles-Eric Séralini do único estudo de longo prazo do Roundup e Roundup tolerante milho GM – dois agrotóxicos a base de glifosato usados nas plantações de milho e soja.

Mesmo que não se queira, atualmente no planeta há pouca probabilidade de a alimentação consumida sem conhecimento pela população estar livre de ingredientes de origem transgênica. No Brasil, que liberou diversas variedades de soja e milho transgênicos há mais de 10 anos e que hoje ocupam a quase totalidade da lavoura nacional, a potencialidade desse consumo tende a ser ainda maior em decorrência do padrão alimentar aqui praticado.

Em 25 de Fevereiro deste ano, Juan Luís Berterretche do Portal DESACATO, publicou matéria sobre a criação do Fórum Catarinense de combate a agrotóxicos e Transgêneros, com objetivo de extinguir o uso de sementes OGM (organismos geneticamente modificados) e dos pesticidas.

Neste sentido, a conferência será uma oportunidade para trazer a Florianópolis um debate de âmbito internacional a partir dos conhecimentos científicos de uma das principais autoridades sobre organismos transgênicos.

Os últimos resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) da Anvisa revelaram amostras com resíduos de agrotóxicos em quantidades acima do limite máximo permitido e com a presença de substâncias químicas não autorizadas para o alimento pesquisado. Além disso, também constataram a existência de agrotóxicos em processo de banimento pela Anvisa ou que nunca tiveram registro no Brasil.

São esperados  na Sede do Ministério Público as presenças das entidades: ANVISA, do INCA, CIDASC, CEPAGRO, ABA -Associação Brasileira de Agroecologia, do MPF,  do MTP (Ministério Público do Trabalho), de Cooperativas  e organizações de agricultores, do Ministério Público  SC, através da Promotora de Justiça Greicia Malheiros da Rosa Sousa e Pedro Luiz Gonçalves Serafim Coordenador do Fórum Nacional de Combate aos Agrotóxicos e alimentos Transgênicos.

O apoio do Instituto Nacionral do Câncer

O INCA Instituto Nacional do Câncer apoia e participa de diferentes movimentos e ações de enfrentamento aos Agrotóxicos. Entre eles estão: Fórum Estadual de de combate aos impactos dos agrotóxicos, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, o Fórum Estadual de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos do Estado do Rio de Janeiro e agora em Santa Catarina. Produziu o Dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) “Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde”, a Mesa de Controvérsias sobre Agrotóxicos do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – Consea e os documentários “O Veneno Está na Mesa 1 e 2”, de Silvio Tendler. Além disso, junto com outros setores do Ministério da Saúde, incluiu o tema “agrotóxicos” no Plano de Ações Estratégicas de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis no Brasil (2011-2022).

O aumento da produção agrícola e a esterilização eugênica

Esconde-se por trás da fartura exposta nos supermercados , uma elite mundial,que  há mais de cinquenta anos fala em doutrinar alimentosa e água, para causar doenças e infertilidade por propósitos eugênicos (“higiene racial”, purificação da raça superior).

O assessor para Ciência e Tecnologia de Barack Obama em seu primeiro mandato,  John P. Holfren,, escreveu em 1977.o livro “Ecoscience , População, Recursos e Meio Ambiente”, juntamente co os Co-autores: Paul R. Ehrlich e Anne H. Ehlich; Nele, é discutido o possível papel de uma ampla variedade de soluções para a superpopulação. Desde o planejamento familiar voluntário aos controles populacionais  incluindo a esterilização  de mulheres à força. Um estado policial planetário, conduziria uma esterilização em massa, e sugere elementos quimicos presentes na água e nos alimentos capazes de produzir também, a esterilização da população mundial. Hoje os produtos vendidos nos supermercados em sua maioria possuem compostos químicos artificiais, os quais são extremamente tóxicos e danosos a saúde humana.

O FDA e os adoçantes

Desde os anos setenta a nutrasweet ,(gigante dos adoçantes) buscou a comercialização do aspartame: em 1963, em 1977 em 1981, e em 1983, quando o FDA o aprova para consumo humano.

Aspartame é, de longe , a substância mais perigososa no mercado que seja adicionado a alimentos . Ele se esconde atrás de marcas como NutraSweet , Equal, Spoonful , e Equal- Medida , mas seus criadores não podem esconder que é responsável por 75 por cento das reacções adversas aos aditivos alimentares relatados . Doênças crônicas como Tumores cerebrais, esclerose múltipla, síndrome de fadiga crônica da doença de parkinson, epilepsia, retardo mental, linfoma, defeitos congênitos, fibromalgia de Alzheimer e diabetes são alguns deles.

O asparmate (substãncia presente em produtos 0% CAL) é subproduto da bactéria ECOLI que através da engenharia genética é alimentada com lixo tóxico, “defecando” assim o asparmate. Ao entrar no organismo humano pode causar danos irreversíveis  e efeitos colaterais imensuráveis à saude.

Evidências Genéticas mostram que a a cepa super resistente da bactéria Escherichia Coli foi criada em laboratório

Recentemente, uma cepa super resistente da bactéria Escherichia Coli (e. coli) está deixando as pessoas doentes e enchendo os hospitais na Alemanha, quase ninguém está falando sobre como a E. coli poderia magicamente ter se tornado resistente a oito diferentes classes de antibióticos e de repente começado a aparecer no fornecimento de alimentos.

Quando os cientistas no Instituto Robert Koch da Alemanha decodificaram a composição genética da linhagem O104, eles descobriram que ela é resistente a todas as seguintes classes e combinações de antibióticos:

• Penicilinas
• Tetraciclina
• Ácido nalidíxico
• Cotrimoxazol
• Cefalosporina
• Amoxicilina / ácido clavulânico
• Piperacilina-Sulbactam sódico
• Piperacilina-tazobactam

Além disso, esta linhagem O104 possui uma capacidade de produzir enzimas especiais que lhe dão o que poderia ser chamado de “superpoderes bacterianos“, conhecida tecnicamente como ESBLs:

Além disso, esta linhagem O104 possui dois genes, o –TEM-1 e o CTX-M-15–, que “têm feito os médicos tremerem desde a década de 1990“,  reportou o jornal londrino The Guardian. E por que é que elas fazem os médicos estremecerem? É porque elas são tão mortais que muitas das pessoas infectadas com estas bactérias são vítimas de falha dos órgãos críticos e simplesmente morrem.

Como exatamente que uma Super-bactéria Mortal  aparece do nada, que é resistente a mais de uma dúzia de antibióticos em oito diferentes classes de medicamentos e ainda apresenta duas mutações de genes letais, além de capacidades da enzima ESBL?

Intoxicação por agrotóxicos

Ao contrário do que se propalava no início dos anos 2000 – que os organismos geneticamente modificados diminuiriam a necessidade do uso de agroquímicos –, o que se observa é um crescimento de 190% do mercado no país, muito acima da média mundial, de 93%, o que desde 2008 coloca nosso País na liderança global do consumo de agrotóxicos. Não por coincidência, o grupo que mais cresceu neste período foi o dos herbicidas, o que se explica pela disseminação de variedades de soja e milho resistentes a estes produtos.

Os agrotóxicos podem determinar três tipos de intoxicação: aguda, subaguda e crônica. A intoxicação aguda é aquela na qual os sintomas surgem rapidamente, algumas horas após a exposição excessiva, por curto período, a produtos extremamente ou altamente tóxicos. Pode ocorrer de forma leve, moderada ou grave, dependerão da quantidade de veneno absorvido. Os sinais e sintomas são nítidos e objetivos.

A intoxicação subaguda ocorre por exposição moderada ou pequena a produtos altamente tóxicos ou medianamente tóxicos e tem aparecimento mais lento. Os sintomas são subjetivos e vagos, tais como dor de cabeça, fraqueza, mal-estar, dor de estômago e sonolência, entre outros.
A intoxicação crônica caracteriza-se por surgimento tardio, em meses ou anos, por exposição pequena ou moderada a produtos tóxicos ou a múltiplos produtos, acarretando danos irreversíveis, do tipo paralisias e neoplasias.

A exposição crônica aos agrotóxicos podem aparecer muito tempo após a exposição, dificultando a correlação com o agente. Dentre os efeitos associados à exposição crônica a ingredientes ativos de agrotóxicos podem ser citados infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico e câncer.

Os últimos resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) da Anvisa revelaram amostras com resíduos de agrotóxicos em quantidades acima do limite máximo permitido e com a presença de substâncias químicas não autorizadas para o alimento

Os Inseticidas e seus efeitos


Inseticidas Inibidores das colinesterases: A relação entre exposição a agrotóxicos e problemas de saúde é o nível da enzima colinesterase no sangue. A inibição da colinesterase por meio dos compostos fosforados ou carbamatos provoca o acúmulo de acetilcolina, e o organismo passa a apresentar uma série de manifestações (efeitos muscarínios, nicotínicos e centrais).


Organofosforados:
esse grupo é o responsável pelo maior número de intoxicações e mortes no país. Ex. Folidol, Azodrin, Malation, Diazinon, Nuvacron, Tamaron, Rhodiatox.

Carbamatos:
grupo muito utilizado no país. Ex. Carbaril, Temik, Zectram, Furadam, Sevin.

Os inseticidas inibidores das colinesterases são absorvidos pela pele, por ingestão ou por inalação. Sua ação se dá pela inibição de enzimas colinesterases, especialmente a acetilcolinesterase, levando a um acúmulo de acetilcolina nas sinapses nervosas, desencadeando uma série de efeitos parassimpaticomiméticos. Diferentemente dos organofosforados, os carbamatos são inibidores reversíveis das colinesterases, porém as intoxicações podem ser igualmente graves.

Exoneração do Gerente Geral da ANVISA, que denunciou aprovação de agrotóxicos sem avaliação Toxicológica

A exoneração do gerente-geral de toxicologia da Anvisa em 14/11/2012, trouxe à tona irregularidades no processo de aprovação de novos agrotóxicos no mercado brasileiro. Luís Cláudio Meirelles foi exonerado após denunciar fraudes na liberação de agrotóxicos.

Em carta divulgada após sua saída, Meirelles denunciou que houve agrotóxicos aprovados sem a necessária avaliação toxicológica e com falsificação da própria assinatura dele, responsável pela liberação dos defensivos agrícolas.

Luís Cláudio Meirelles, exonerado após fazer denúncia. Foto: Cebes.org.br

Luís Cláudio Meirelles, exonerado após fazer denúncia. Foto: Cebes.org.br

Apenas depois que Ministério Público Federal (MPF) entrou no caso e pediu explicações à Anvisa é que Ricardo Velloso foi demitido – a exoneração foi publicada no Diário Oficial no dia 22 de outubro.

As irregularidades foram identificadas em agosto pelo próprio Luís Cláudio Meirelles que, junto com a equipe, identificou “irregularidades na concessão dos Informes de Avaliação Toxicológica de produtos formulados, que autorizam o Ministério da Agricultura a registrar os agrotóxicos no país”. Na sua carta aberta, ele diz:

“…Primeiramente identificamos irregularidade em um produto, posteriormente em mais cinco, e recentemente em mais um, com problemas de mesma natureza. Para cada um deles foi instruído um dossiê com a identificação da irregularidade e a anexação de todas as provas que mostram que o Informe de Avaliação Toxicológica foi submetido para liberação sem a devida análise toxicológica.
Meirelles foi exonerado após a entrada do Ministério Público no caso, antes de investigação interna. O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, considerou que o encaminhamento das irregularidades foi confuso e inadequado, e que faltou diálogo prévio (com a direção).

O trabalho do MPSC

A Atuação do MPSC a respeito dos impactos dos agrotóxicos ocorre, principalmente, por meio do programa “PAS”- Programa alimento sem risco. Criado em 2011, o programa monitóra resíduos de agrotóxicos em alimentos, preservando a saúde dos consumidores e dos produtores agricolas e prevenindo a ocorrência de danos ao meio ambiente.

A clonagem de espécies e a engenharia genética das sementes agrícolas

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou em 05/03/2015), durante a 180ª reunião ordinária, em Brasília, a liberação para uso comercial de duas variedades de milho geneticamente modificado (transgênico). Os pedidos para a comercialização são das empresas Dow AgroSciences Sementes & Biotecnologia Brasil e Monsanto do Brasil. O milho geneticamente modificado foi liberado por 19 votos favoráveis, dois contrários e uma abstenção.

Ao avaliar e aprovar a liberação comercial de um produto, a CTNBio elabora um parecer que examina o risco associado ao OGM no que se refere à biossegurança para o uso proposto. Em seguida, a empresa precisa requerer ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a autorização e o registro do item a ser comercializado.

A carnes brancas, vermelhas e os peixes, também tem sido clonados, cruzando espécies de outros animais. Como o salmão, modificado genéticamente, e em comercialização nos EUA. Entre os pequenos produtores brasileiros, já é notada uma acentuada diminuição das sementes “crioulas” (naturais) .Em 2013, pela primeira vez os cultivos geneticamente modificados  ultrapassaram, em área ocupada, os não transgênicos no Brasil.

O milho,o fubá, os óleos de cozinha, a soja, o mamão papaya, o queijo, pães, bolos e biscoitos, abobrinha arroz, feijão e o salmão, são alguns exemplos presentes na cadeia alimentar humana, o que urge um maior debate sobre a segurança dos transgênicos e suas implicações éticas, econômicas sociais e políticas. Para comercialização incosciente  de toda a população, foi aprovado de lei 41.48, que acaba com a exigência do símbolo da “trangenia” (letra “T” maiúscula), nos rótulos dos produtos com organismos geneticamente modificados e seus derivados.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e mais 21 organizações civis assinaram carta pela rejeição do projeto de lei 4.148/2008, A matéria tramita no senado ao arrepio da lei vigente, que obriga o sêlo de identificação do produto transgênico no rótulo do produto.

O FCCIT –  Fórum Catarinense de Combate aos Agrotóxicos e aos impactos dos trangênicos ocorrerá  dia 07 de Abril, no MPSC- Ministério Público de Santa Catarina, no Edifício Campos Salles – Rua Pedro Ivo,231, Florianópolis.

Fontes:

MPSC – Ministério Público de Santa Catarina

ECO- Associação e ONG cobertura sobre meio Ambiente

www.oeco.org.br

CIDASC – Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina

CEPAGRO – Centro de Estudos e promoção da Agricultura de grupo

Blog Anti Nova Ordem Mundial

http://blog.antinovaordemmundial.com/2011/06/e-coli-na-europa-evidencias-geneticas-mostram-que-a-super-bacteria-foi-criada-em-laboratorio/

PORTAL EDUCAÇÃO

http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/1725/agrotoxicos-efeitos-sobre-a-saude#ixzz44mQbYcNQ

Alimentos e água contaminada /Alex Jones

BBC

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/02/130207_transgenicos_cultivo_tp.shtml

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