Editorial

Florianópolis, 15 de abril de 2015.

A terceirização do trabalho não é uma “forma moderna e criativa” de desenvolver a economia de um país qualquer, como que representa a maneira mais cínica de escravização moderna que paira sobre a Classe Trabalhadora no Mundo todo. Iniciada de modo mais contundente nos anos 80 do século passado, irmã do desmonte dos estados nos governos indecentes de Ronald Reagan e Margaret Thatcher, a terceirização é o paraíso das empresas e mais um modo de dominação e controle social dos estados aderidos à fase mais perversa do capitalismo.

A terceirização aumenta brutalmente a precarização do trabalho e só serve às empresas para não cumprir com as obrigações mínimas para com os trabalhadores. Serve aos estados para desenhar números infames de suposto crescimento do emprego. A fantasia de ter um Mundo capitalista com todas as pessoas possíveis empregadas é vendida nos veículos de comunicação sustentados pelas classes conservadoras e as transnacionais, que buscam privatizar o que resta de lucrativo dos estados. Forma esta que deixa para o Estado, as mazelas de um serviço quase sempre falido de educação, saúde e mobilidade social.

São os paraísos fiscais e os bancos dos Estados Unidos e da Europa Ocidental que recebem a maior fatia dos ganhos desta forma discriminatória e criminosa de uso da mão de obra de reserva, usada, quando convier, ou para trabalhar de forma semiescrava ou para reprimir à Classe Trabalhadora.

A terceirização proclamada como chave do desenvolvimento é a mãe de zonas de exclusão impositiva nos países mais afastados do Brasil como Indonésia, Vietnã, Taiwan, Índia. Também é essa terceirização que atinge as maquiladoras do México e os serviços de limpeza, segurança, call centers, etc. no Brasil.

A rua é o melhor espaço para arremeter contra esta praga neoliberal e neoescravagista. Há que se mobilizar até que sejam retirados todos os projetos de lei que venham atentar contra a Classe Trabalhadora, agora e sempre.

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