É inédito partido do presidente obstruir MP do próprio governo

Foto ilustrativa: Luis Macedo\Câmara dos Deputados.

Por Kennedy Alencar.

Pode ser uma falha da memória deste repórter, mas é inédito nas últimas três décadas o que aconteceu hoje (15) na Câmara dos Deputados: o líder do partido do presidente da República se aliou à oposição para obstruir a aprovação de uma medida provisória editada pelo governo.

No governo Sarney, havia rusgas entre o MDB e o presidente. Ulysses Guimarães, presidente do MDB e da Câmara, viveu momentos tensos com o então presidente da República. José Sarney deixou o PDS (antiga Arena, partido da ditadura militar de 64) para entrar no MDB com a morte de Tancredo Neves.

Hoje, o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), colocou a sua legenda em obstrução para evitar a votação da MP 886, que reestrutura a Casa Civil e a Secretaria de Governo. Há risco de caducar a medida provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Como se diz em Minas Gerais, parece tempo de vaca não reconhecer bezerro. No PSL, está estabelecido um tiroteio.

O Delegado Waldir (GO) disse à repórter Bela Megale, do jornal “O Globo”, que a operação de hoje da PF (Polícia Federal) contra Luciano Bivar, presidente do PSL e deputado federal, era uma retaliação de Bolsonaro.

Segundo Waldir, o presidente já teria ciência da operação quando falou na semana passada que o presidente do partido estava queimado. O líder do PSL ainda afirmou que o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, e Fabrício Queiroz, ex-assessor de Jair e Flávio Bolsonaro, deveriam preparar um café para receber uma visita da Polícia Federal.

 

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