Cinismo de Berger

darioPor Carlos Eduardo de Souza.

O senador Dário Berger em recente matéria veiculada na imprensa catarinense desconsidera a inteligência dos eleitores. Ao afirmar que o apoio a Dilma nas eleições de 2014 se deu a pedido de Colombo e que teria sido um equivoco, Dário Berger se junta à estratégia de um governo natimorto que chegou a presidência da República através de um golpe, o PMDB, um partido que menospreza o conceito de nação e que para governar busca a satisfação através do fisiologismo de uns poucos “coronéis” regionalizados e que envergonham a política brasileira. Caso em que o próprio Berger alinha-se muito bem.

O PMDB, em nível nacional, busca a desculpa necessária para esconder o que no fundo todos estão vendo: a incapacidade desse partido governar um país do tamanho do Brasil e toda a sua diversidade.

A Ponte para o Futuro, programa em que se orienta o governo interino, com clara definição neoliberal e conservadora, não tem outro horizonte senão o abismo social.

Mesmo que o Senador Berger tente de forma matreira esconder o óbvio, o povo brasileiro que quase por completo não confia no governo Temer já está dando o recado nas pesquisas e nas ruas. Mas não paramos por aí, o PMDB de Berger, teve até então como presidente do Congresso Eduardo Cunha, do Senado Renan Calheiros e vice-presidente do país Michel Temer.

Se houve algum equivoco em determinado momento dos governos petistas foi ter confiado e dado poder a um partido tão irresponsável, entreguista e corrupto. Eles traíram a coligação, o projeto e principalmente a democracia, a mesma que deveria ser a insígnia do Partido.

Antes de tentar buscar demagogicamente uma desculpa para o colapso em que o PMDB está levando o país, o senador Dário Berger poderia responder ao povo catarinense e brasileiro os malfeitos políticos do seu partido à política brasileira e à administração pública Federal, já que o seu partido faz parte do Governo Federal desde a redemocratização.

Além disso, falando em administração pública, quem sabe o Senador não tire um tempo para justificar os desvios de conduta que tanto afetaram o povo da região florianopolitana, já que em 16 anos de prefeito, foi acusado cinco vezes por improbidade administrativa, que teve uma das suas empresas investigada por receber mais de meio milhão, com dispensa de licitação da secretaria de Estado e Fazenda. De o seu nome ter sido destaque nacional quando citado como um dos envolvidos na operação Moeda Verde, que negociavam licenças ambientais para a especulação imobiliária em áreas de proteção.

Em 2009, a empresa de segurança também da família Berger, ter sido contratada ilegalmente e que retirou dos cofres públicos milhões para serviços de vigilância. Ou quando ainda prefeito de Florianópolis contratou sem licitação uma empresa, comprometendo-se a pagar R$ 3,7 milhões para a construção de uma árvore de Natal, que no final das contas, ao contrário desse valor, a empresa ilegalmente terceirizou os serviços a outras empresas, com um custo bem menor do que foi pago R$ 1,696 milhões, o que confirma o superfaturamento da obra. Sem contar a contratação de um show milionário que nunca aconteceu, e que teve que devolver milhões aos cofres públicos, quem irá esquecer-se de Andrea Bocelli?

Dário foi condenado por improbidade administrativa pela construção da Avenida Beira-Mar Norte de São José, cidade vizinha a Florianópolis e que tinha sido prefeito. Houve superfaturamento e ele foi condenado a devolver R$ 463 mil para prefeitura.

São vários os problemas em que o Senador está envolvido e caso o povo catarinense soubesse da metade, saberia que a eleição deste seria um desastre anunciado.

Ao contrário dele, Dilma continua com sua ficha limpa e com muita energia para continuar lutando pelo país longe de tamanho cinismo.

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