Cesta básica na Argentina registra maior aumento do ano em novembro, último mês da era Macri

Índice de novembro é o mais alto do ano, superando em mais de quatro pontos percentuais os dados de outubro, quando foi registrada uma alta de 2,1% no valor da cesta básica.

Foto: Wikicommons

A cesta básica total (CBT) na Argentina registou um aumento de 6,3% em novembro e atingiu a maior alta de 2019, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (18/12) pelo Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina).

Este índice é referente ao último mês da gestão do agora ex-presidente Mauricio Macri, que perdeu as últimas eleições presidenciais e entregou o posto ao novo mandatário, o peronista Alberto Fernández, na última terça-feira (10/12).

Ainda de acordo com os dados do Indec, a CBT, que é usada para medir a linha de pobreza no país, registou uma alta de 49,2% em 12 meses.

O índice de novembro é o mais alto do ano, superando em mais de quatro pontos percentuais os dados de outubro, quando foi registrada uma alta de 2,1% no valor da cesta básica.

Os dados de novembro de 2018 indicavam que uma família de quatro integrantes necessitaria de 25.206,03 pesos para superar a linha da pobreza. Esse valor subiu para 37.596 pesos no mesmo mês de 2019, contabilizando um aumento de mais de 12 mil pesos no valor da CBT.

Por sua vez, a cesta básica alimentar também aumentou e chegou em 5,5% em novembro. O aumento anual desta categoria ficou em 49,2%.

O Indec usa dois tipos indicadores para determinar a pobreza da população: a cesta básica alimentar, que compreende itens básicos de alimentação, cesta básica total, que contém todos os itens da primeira mais bens e serviços não alimentares como transporte, roupas, educação etc. Famílias que não possuem rendimento suficiente para adquirir a CBT são classificadas como pobres; as que não conseguem pagar a CBA, estão na situação de pobreza extrema.

Segundo o jornal Pagina12, ambos os indicadores voltaram a disparar devido a “remarcação acelerada de preços” que ocorreu após as eleições e “diante da passividade do governo Macri”.

Além disso, o valor da cesta básica foi impulsionado pela inflação de novembro, que fechou em 4,3%. Segundo o Indec, o item “Alimentos e bebidas não alcoólicas”, que é o que possui maior incidência nos lares argentinos, sofreu uma alta de 5,3%.

O relatório do instituto ainda aponta os itens que mais sofreram aumentos. Frutas como tomate, banana e limão puxaram o setor de alimentos para cima e registraram uma alta de 37%, 48,8% e 29,3% respectivamente. A carne, por sua vez, um dos itens mais consumidos pelas famílias argentinas, registrou um aumento de 10,8%.

 

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