Weintraub nega que governo planeja cobrar mensalidade em universidades federais, após nota do MEC apagada

IG e  Fórum.- O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse nesta segunda-feira (15) durante evento em Florianópolis (SC) que o governo Jair Bolsonaro (PSL) não planeja cobrar mensalidades dos alunos em universidades federais.

“O governo do presidente Jair Messias Bolsonaro não vai cobrar, nunca saiu daqui, isso é fake news, não vai cobrar, do estudante de graduação das unidades federais, mensalidade alguma”, afirmou Weintraub.

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Na noite deste domingo, o ministro já havia utilizado seu Twitter para dizer que os estudantes não pagarão pela graduação. “Haverá mais liberdade para pesquisa e trabalho!”, escreveu.

O assunto de que universidades federais passariam a cobrar mensalidades tomou conta das redes sociais nos últimos dias e rapidamente viralizou. Ainda em seu Twitter, o chefe do MEC também negou os rumores de que o governo pretende privatizar as federais.

“Não há privatização alguma! Teremos um modelo moderno, que nos aproximará da Europa, Canadá, Israel, Austrália, EUA, etc. A adesão das universidades será voluntária, permitindo separar o joio do trigo… as que quiserem ficar no atual modelo, poderão ficar…”, reiterou.

Ainda nesta segunda, o ministro defendeu os cortes aplicados pelo MEC nas universidades federais. “Passado 70 dias não tem uma universidade federal fechada. Não tem uma universidade sem luz. Não tem um refeitório, estudantes sem alimentação no bandejão. O que foi feito? Foi feito gestão”, ponderou.

Apesar de negar que serão cobradas mensalidades dos estudantes, Weintraub já defendeu a cobrança para cursos de pós-graduação, algo que poderia aumentar a receita das instituições, de acordo com o ministro.


MEC publica nota sobre cobrança de mensalidade nas universidades públicas, apaga e se retrata

Em mais uma confusão sob o comando do ministro Abraham Weintraub, o Ministério da Educação vazou a informação no Portal Nacional de Educação (PNE) sobre cobrança de mensalidade nas universidades públicas em publicação no sábado (13).

Diante da repercussão negativa, o PNE divulgou nova nota na noite deste domingo (14), compartilhando texto de tuíte de Weintraub, em que ele diz que “a graduação não será paga pelos alunos das federais” – sinalizando, no entanto, o pagamento de outros cursos, como a pós-graduação.

No texto publicado no dia anterior, o PNE havia informado que “estudantes que obtiverem mais de 3 salários mínimos por pessoa, equivalente a R$ 2.994 (dentro do grupo familiar) terão que arcarcom as mensalidades nas universidades públicas pelo País”.

Publicação do PNE no sábado, dia 13 (Reprodução)

O post diz ainda que a decisão será anunciada no “pacote de privatização das Universidades Federais e dos Institutos Federais”, por Jair Bolsonaro, Weintraub e o secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa, nesta quinta-feira (18).

Na retratação, o PNE replica o tuíte do ministro dizendo que “”Não há privatização alguma! Teremos um modelo moderno, que nos aproximará da Europa, Canadá, Israel, Austrália, EUA, etc. A adesão das universidades será voluntária, permitindo separar o joio do trigo…as que quiserem ficar no atual modelo, poderão ficar… (SIC)”.

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